Erros comuns ao começar uma redação

Erros Comuns ao Começar uma Redação

Introduções Genéricas e Vagas

Introduções genéricas e vagas são um dos maiores erros ao iniciar uma redação, pois não conseguem prender a atenção do leitor nem demonstrar domínio sobre o tema. Frases amplas como “Desde os primórdios da humanidade” ou “Nos dias de hoje, vivemos grandes desafios” carecem de originalidade e impacto. Elas não adicionam valor ao texto e podem fazer o leitor perder o interesse antes mesmo de chegar à tese.

Para evitar isso, foque em contextualizar o tema de forma específica e relevante. Apresente informações que conectem diretamente o assunto ao cenário atual ou ao público-alvo. Uma introdução precisa mostrar ao leitor que o texto oferecerá insights únicos, o que é impossível com generalizações. Priorize clareza e objetividade, mesmo ao ser criativo.

Uso de Frases Clichês

Frases clichês, como “A educação é a base de tudo” ou “A tecnologia veio para mudar nossas vidas,” enfraquecem a introdução por serem previsíveis e pouco impactantes. Clichês dão a impressão de que o autor está apenas repetindo ideias já conhecidas, sem oferecer uma perspectiva original.

Para evitar esses lugares-comuns, substitua expressões batidas por insights novos ou abordagens criativas. Apresente o tema de forma inesperada ou com um ângulo inusitado. Por exemplo, ao falar sobre educação, em vez de usar o clichê “Educação é importante,” você pode explorar: “Enquanto o acesso à educação cresce, a qualidade do ensino continua a ser um desafio que exige soluções urgentes.” Isso demonstra análise e evita repetições genéricas.

Falta de Especificidade no Tema

Uma introdução vaga que não aborda o tema com clareza pode desorientar o leitor. Se a conexão entre a introdução e o tema central não for evidente, o texto perde coesão e credibilidade. É crucial definir o foco logo no início, evitando generalidades que deixam o leitor confuso sobre o que será discutido.

Para garantir especificidade, aponte diretamente os elementos principais do tema e como eles serão tratados ao longo do texto. Por exemplo, ao abordar um tema como “desigualdade social,” não diga apenas: “Vivemos em um mundo desigual.” Substitua por: “A desigualdade social no Brasil reflete falhas estruturais históricas que afetam milhões de pessoas, especialmente em áreas como educação e saúde.” Isso demonstra domínio sobre o tema e prepara o leitor para a argumentação que virá.

Ausência de Tese Clara

Uma introdução sem uma tese clara é como um mapa sem destino: deixa o leitor perdido e sem saber o que esperar do texto. A tese é o elemento central que orienta todo o desenvolvimento da redação, sendo indispensável apresentá-la de forma objetiva. Sem uma tese bem definida, o texto corre o risco de se tornar incoerente ou desconexo, prejudicando a comunicação das ideias.

Para evitar esse erro, defina desde o início o ponto principal que você deseja defender ou explorar. Expresse-o de maneira direta, usando uma linguagem clara e acessível. Isso cria uma expectativa sólida no leitor e facilita a organização dos argumentos nos parágrafos seguintes.

Introduções sem Posicionamento Definido

Uma introdução sem posicionamento definido dá a impressão de que o autor está indeciso ou mal preparado para abordar o tema. Mesmo que a redação seja dissertativa-expositiva, é importante mostrar uma direção clara do que será explorado. Sem esse posicionamento, a introdução pode parecer apenas um conjunto de informações soltas.

Para corrigir isso, certifique-se de que sua introdução apresente uma perspectiva concreta ou um enfoque claro sobre o tema. Por exemplo, ao tratar do impacto da tecnologia, evite dizer apenas: “A tecnologia está em constante avanço.” Em vez disso, posicione-se: “A tecnologia, embora essencial no mundo contemporâneo, levanta questões éticas que precisam ser urgentemente debatidas.” Isso demonstra domínio e direcionamento.

Teses Ambíguas ou Confusas

Teses ambíguas ou confusas comprometem a clareza e a coesão do texto. Uma tese que deixa dúvidas sobre o ponto de vista do autor pode causar interpretações erradas e dificultar o desenvolvimento dos argumentos. Ambiguidades geralmente surgem de frases longas, complexas ou mal estruturadas.

Para evitar isso, priorize simplicidade e precisão ao formular sua tese. Por exemplo, em vez de dizer: “A educação é algo que precisa de melhorias porque ela influencia vários aspectos da sociedade, sendo um fator importante para a economia e outros setores,” simplifique: “Melhorar a educação é essencial para reduzir desigualdades sociais e promover o desenvolvimento econômico.” Uma tese clara não só facilita a compreensão, mas também guia o leitor e o autor ao longo de toda a redação.

Contextualização Inadequada

Uma contextualização inadequada prejudica a introdução ao não preparar o leitor para o tema de maneira eficaz. Isso ocorre quando as informações apresentadas são vagas, desconexas ou não estabelecem uma ligação direta com a tese. Sem uma contextualização precisa, o texto pode parecer mal planejado e perder o interesse do público.

Para evitar esse erro, garanta que a contextualização forneça detalhes diretamente relacionados ao tema central. Por exemplo, ao falar sobre sustentabilidade, não generalize com “O meio ambiente é importante para todos nós.” Substitua por algo mais específico: “A crise climática intensifica a urgência de práticas sustentáveis, especialmente nas grandes indústrias que dominam a economia global.” Isso conecta o contexto ao propósito do texto, preparando o leitor para a argumentação.

Informações Irrelevantes ao Tema

Incluir informações irrelevantes na introdução confunde o leitor e desvia o foco do texto. Dados ou fatos que não contribuem diretamente para a compreensão do tema ou para a construção da tese devem ser evitados. Isso pode sobrecarregar a introdução, deixando-a prolixa e desinteressante.

Para manter a relevância, avalie se cada informação apresentada tem relação direta com a ideia central. Por exemplo, em uma redação sobre tecnologia educacional, não é necessário começar falando sobre a origem da internet, mas sim sobre como ferramentas tecnológicas impactam a aprendizagem. A introdução deve ser sucinta e objetiva, sem distrações desnecessárias.

Excesso de Contextualização Histórica

Embora a contextualização histórica possa ser útil, seu excesso compromete a clareza e a eficiência da introdução. Dedicar parágrafos inteiros à história do tema pode afastar o leitor do objetivo central e ocupar espaço precioso que poderia ser usado para a tese ou argumentos.

Para evitar isso, limite a contextualização histórica a um ou dois pontos relevantes que ajudem a situar o tema no presente. Por exemplo, ao discutir direitos humanos, em vez de narrar toda a evolução histórica, destaque algo atual como: “Embora o conceito de direitos humanos tenha sido consolidado no século XX, violações sistemáticas ainda desafiam sua aplicação global nos dias de hoje.” Isso equilibra contexto e atualidade, mantendo o foco no propósito da redação.

Problemas de Delimitação do Tema

A delimitação do tema é essencial para uma redação coesa e bem estruturada. Quando o tema não é delimitado de forma clara, o texto pode perder foco, abordar tópicos desconexos ou apresentar argumentos superficiais. Isso compromete a profundidade da análise e confunde o leitor sobre o objetivo central do texto.

Para evitar esse problema, defina claramente o aspecto do tema que será explorado e como ele se relaciona com a tese. Por exemplo, em uma redação sobre tecnologia, delimite o foco: “O impacto da tecnologia na saúde mental de jovens” é mais específico e direcionado do que abordar “Tecnologia e sociedade” de maneira ampla. A delimitação é o que dá ao texto consistência e permite uma abordagem mais aprofundada.

Abordagem Muito Ampla

Uma abordagem muito ampla dilui a qualidade da argumentação, tornando o texto genérico e superficial. Tentar abordar muitos aspectos do tema em uma única redação resulta em falta de profundidade e dificuldade de organização. Isso também pode deixar o leitor com a impressão de que o autor não domina completamente o assunto.

Para evitar esse erro, selecione um recorte específico do tema e foque nele ao longo do texto. Por exemplo, ao tratar de desigualdade social, escolha explorar apenas a educação como ferramenta para redução de desigualdades, em vez de tentar discutir todos os fatores envolvidos. Um recorte bem escolhido melhora a clareza e fortalece os argumentos.

Foco Excessivamente Restrito

Por outro lado, um foco excessivamente restrito pode limitar o desenvolvimento do texto e dificultar a elaboração de argumentos robustos. Se o tema escolhido for muito estreito, você corre o risco de repetir ideias ou esgotar o assunto antes de atingir o número mínimo de linhas exigido. Isso compromete a fluidez e a riqueza do texto.

Para evitar restringir demais o foco, certifique-se de que o recorte escolhido permite múltiplas abordagens ou perspectivas. Por exemplo, ao discutir “Impacto da tecnologia na educação infantil,” você pode ampliar a análise considerando aspectos como aprendizagem, socialização e desafios para professores. Um foco equilibrado garante espaço suficiente para explorar o tema com variedade e profundidade.

Falhas na Captação de Interesse

Uma introdução que não capta o interesse do leitor corre o risco de passar despercebida, mesmo que o restante do texto seja bem construído. Inícios desinteressantes ou sem criatividade não geram engajamento e podem fazer o leitor abandonar o texto antes de chegar à tese. É fundamental começar com algo que provoque curiosidade ou desperte uma conexão emocional ou intelectual.

Para evitar essa falha, invista em estratégias como fatos curiosos, perguntas instigantes ou analogias inesperadas que se conectem diretamente ao tema. Por exemplo, ao falar sobre mudanças climáticas, em vez de começar com “O clima está mudando,” diga: “Nos próximos 50 anos, partes do mundo podem se tornar inabitáveis – o que faremos para evitar isso?” Um início marcante é a chave para conquistar a atenção.

Inícios Monótonos ou Previsíveis

Inícios monótonos ou previsíveis, como “Desde os tempos antigos…” ou “Nos dias de hoje…”, dão a impressão de que o texto será genérico e pouco original. Esses clichês não apenas tornam a introdução desinteressante, mas também demonstram falta de esforço criativo. Começar o texto de forma previsível faz com que ele se perca em meio a outros textos semelhantes.

Para fugir desse padrão, personalize o início com uma abordagem específica e relevante ao tema. Por exemplo, em uma redação sobre educação, ao invés de “A educação é importante para a sociedade,” comece com: “Enquanto milhões de crianças têm acesso a escolas, a qualidade do ensino permanece um desafio crítico.” Isso gera expectativa e sinaliza que o texto trará algo novo.

Falta de Elemento Provocativo

Uma introdução sem um elemento provocativo pode soar insossa e deixar o leitor sem motivação para continuar. O elemento provocativo é o que desperta emoções ou convida à reflexão, seja por meio de uma pergunta, dado alarmante ou cenário inesperado. Sem isso, a introdução perde a oportunidade de engajar o público desde o início.

Para incorporar esse elemento, explore questões relevantes ou alarmantes que conectem o leitor ao tema. Por exemplo, ao escrever sobre inteligência artificial, você poderia começar com: “Até onde devemos confiar que máquinas decidam o futuro da humanidade?” Essa provocação convida o leitor a pensar, criando um vínculo com o texto. Uma introdução que desafia ou surpreende é sempre mais memorável.

Erros de Estruturação

Erros de estruturação no início de uma redação podem comprometer o entendimento do leitor e prejudicar a fluidez do texto. Uma introdução mal organizada, com informações dispersas ou desalinhadas, pode causar confusão e enfraquecer a tese. Sem uma estrutura clara, o leitor pode não conseguir identificar o propósito central do texto.

Para evitar esses problemas, certifique-se de que cada elemento da introdução – contextualização, tese e gancho – esteja bem delineado e posicionado de forma lógica. Planeje o parágrafo inicial antes de escrevê-lo, garantindo que ele funcione como um guia para o desenvolvimento do texto. Uma estrutura sólida reforça a clareza e mantém o leitor engajado.

Parágrafos Iniciais Muito Longos

Parágrafos iniciais excessivamente longos tornam a leitura cansativa e podem sobrecarregar o leitor com informações desnecessárias. Quando a introdução se estende demais, há o risco de perder o foco e atrasar a apresentação da tese. Além disso, isso pode comprometer o equilíbrio do texto, deixando menos espaço para o desenvolvimento.

Para evitar esse erro, mantenha a introdução objetiva e limitada a no máximo cinco ou seis linhas. Inclua apenas o essencial: uma breve contextualização, a tese e, se necessário, um gancho que conecte o leitor ao tema. Um parágrafo inicial sucinto ajuda a manter o ritmo do texto e garante que o leitor tenha uma visão clara do que será abordado.

Desorganização de Ideias

A desorganização de ideias na introdução confunde o leitor e dá a impressão de que o texto não tem uma direção clara. Saltos entre tópicos, argumentos soltos ou informações desconexas indicam falta de planejamento e comprometem a coesão. Um parágrafo inicial desorganizado pode até prejudicar a percepção de credibilidade do autor.

Para evitar isso, organize suas ideias em uma ordem lógica antes de escrever. Comece com uma introdução breve ao tema, apresente sua tese de forma clara e finalize com uma transição para o desenvolvimento. Use conectivos para garantir fluidez entre as frases e assegure-se de que cada ponto contribui diretamente para o objetivo do texto. A organização é a base de uma introdução eficaz e cativante.

Problemas de Linguagem

Problemas de linguagem na introdução podem comprometer a credibilidade do texto logo de início. O uso inadequado do registro, erros gramaticais ou um vocabulário pobre refletem descuido e podem causar uma má impressão no leitor. É essencial adaptar o estilo e a linguagem ao tipo de redação exigido, garantindo clareza e profissionalismo.

Para evitar esses problemas, releia cuidadosamente a introdução, revise possíveis erros e certifique-se de que o tom e o vocabulário estejam apropriados ao tema e à proposta textual. Uma linguagem bem cuidada transmite confiança e valoriza o conteúdo apresentado.

Uso Inadequado de Registro Formal/Informal

Escolher o registro inadequado é um erro frequente, especialmente em textos que exigem formalidade, como redações dissertativas. O uso de expressões coloquiais, gírias ou termos informais prejudica a seriedade do texto e pode demonstrar falta de preparo. Por outro lado, uma linguagem excessivamente formal ou rebuscada pode soar artificial e dificultar a compreensão.

Para evitar esse erro, adote um tom formal, mas acessível, utilizando palavras precisas e construções objetivas. Por exemplo, em vez de escrever “É tipo assim que as pessoas estão lidando com o problema,” prefira algo como: “As pessoas têm enfrentado o problema de maneira inadequada.” Um registro adequado equilibra seriedade e clareza, transmitindo profissionalismo.

Erros Gramaticais e Ortográficos na Abertura

Erros gramaticais e ortográficos na introdução causam uma péssima primeira impressão. Descuido com a norma padrão da língua demonstra falta de atenção e pode levar o leitor a duvidar da qualidade do restante do texto. Além disso, erros na abertura, uma parte crucial do texto, têm impacto ainda maior no julgamento do leitor.

Para evitar esses deslizes, reserve tempo para revisar a introdução antes de prosseguir. Use ferramentas de correção, leia o texto em voz alta e, se possível, peça a outra pessoa para verificar possíveis erros. Lembre-se de que uma introdução gramaticalmente impecável valoriza a argumentação e demonstra domínio do idioma.

Falta de Conexão com o Desenvolvimento

Uma introdução que não se conecta ao desenvolvimento compromete a coesão da redação e deixa o leitor desorientado. Se o início do texto não prepara o terreno para os argumentos que virão, o resultado pode ser um corpo textual desconexo, onde as ideias parecem surgir sem continuidade lógica. Esse problema é especialmente grave em redações dissertativas, que exigem um fluxo claro e bem estruturado.

Para garantir a conexão, certifique-se de que a introdução introduza as ideias principais que serão aprofundadas nos parágrafos seguintes. Apresente uma visão geral do tema e da tese, criando uma ponte direta para o desenvolvimento. Uma introdução bem conectada torna o texto fluido e fácil de acompanhar.

Introduções Desconectadas do Corpo do Texto

Introduções que não têm relação clara com o corpo do texto podem causar confusão e prejudicar a mensagem geral. Esse problema ocorre quando o autor aborda aspectos irrelevantes ou faz uma abertura que não reflete os argumentos principais. Como resultado, o leitor pode sentir que houve uma mudança de direção inesperada no texto.

Para evitar esse erro, planeje a introdução e os parágrafos do desenvolvimento juntos, assegurando alinhamento entre as ideias. Por exemplo, se você inicia discutindo a importância da educação para a igualdade social, o corpo do texto deve explorar como a educação impacta diferentes aspectos da sociedade. A consistência temática é essencial para a qualidade da redação.

Promessas Não Cumpridas no Texto

Fazer promessas na introdução que não são cumpridas ao longo do texto é um erro que prejudica a credibilidade do autor. Se o leitor é levado a esperar uma abordagem ou resposta que nunca chega, a redação pode parecer incompleta ou mal planejada. Isso ocorre frequentemente quando a introdução apresenta questões ou expectativas que não são exploradas no desenvolvimento.

Para evitar isso, evite prometer algo na introdução que você não tenha espaço ou intenção de abordar no texto. Em vez de prometer respostas abrangentes como: “Este texto explicará todas as causas da desigualdade social,” prefira algo mais realista: “O texto discutirá como a educação pode contribuir para reduzir desigualdades sociais.” Cumprir o que foi proposto é essencial para manter a confiança do leitor e fortalecer a coesão do texto.

Uso Inadequado de Citações

O uso inadequado de citações na introdução pode prejudicar a eficácia do texto, desviando o foco ou enfraquecendo a mensagem do autor. Citações mal escolhidas, irrelevantes ou desconectadas do tema central demonstram falta de critério e planejamento. Além disso, quando as citações não são integradas ao texto de forma natural, elas podem soar como um elemento forçado e destoante.

Para evitar esse erro, selecione citações que tenham uma ligação direta com o tema e com a tese que será apresentada. Introduza a citação com um comentário breve que explique seu significado e relevância. Por exemplo: “Como afirmou Nelson Mandela, ‘A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.’ Esta frase ilustra a importância de investir na educação como base para o progresso social.” O contexto é o que dá sentido à citação, tornando-a mais impactante.

Citações Longas ou Mal Contextualizadas

Citações longas ou mal contextualizadas podem deixar a introdução confusa e dispersa. Uma citação extensa ocupa espaço desnecessário e pode afastar o leitor, além de dificultar a construção de uma voz autoral no texto. Sem explicação ou conexão clara com o tema, uma citação perde sua força argumentativa e passa a parecer apenas um enfeite.

Para resolver isso, opte por trechos curtos e relevantes, integrados de forma fluida ao texto. Por exemplo, em vez de incluir uma citação de cinco linhas, destaque apenas a parte mais significativa: “Mandela descreve a educação como ‘a arma mais poderosa’ para mudar o mundo.” Em seguida, explique como essa ideia se relaciona com a proposta da redação. Brevidade e clareza são fundamentais para o impacto.

Dependência Excessiva de Citações

A dependência excessiva de citações transmite a impressão de que o autor não tem ideias próprias ou capacidade de análise. Quando o texto depende demais de palavras de terceiros, perde-se a originalidade e a coesão, tornando o argumento frágil. Além disso, a redação pode parecer um amontoado de referências desconexas, sem uma linha de raciocínio clara.

Para evitar esse problema, use citações como complemento, e não como base principal do texto. Elas devem reforçar suas ideias, e não substituí-las. Após inserir uma citação, explique-a com suas próprias palavras e conecte-a diretamente à tese ou ao argumento que será desenvolvido. Isso demonstra que você não só compreende a citação, mas também tem uma perspectiva própria sobre o tema.

Erros de Abordagem em Provas Específicas

Abordar uma redação de forma inadequada em provas específicas pode resultar em perda de pontos importantes, mesmo que o texto seja bem escrito. Cada prova tem suas particularidades, como o estilo esperado, critérios de avaliação e público-alvo, e ignorá-las pode comprometer o desempenho. Por exemplo, uma abordagem aceitável no ENEM pode não ser adequada para vestibulares tradicionais ou exames como concursos públicos.

Para evitar esse erro, estude previamente as características da prova e os critérios usados pelos corretores. No ENEM, por exemplo, é essencial respeitar a estrutura dissertativa-argumentativa, incluir repertório sociocultural e propor uma intervenção. Já em outras provas, pode ser necessário adaptar o tom ou a linguagem ao perfil esperado pelos avaliadores.

Falhas na Interpretação da Proposta (ENEM)

Uma das falhas mais comuns em redações do ENEM é interpretar mal a proposta, levando o texto para um caminho que foge ao tema central. Desviar-se do foco estabelecido na coletânea ou apresentar argumentos que não dialoguem com o problema proposto pode zerar a competência relacionada ao tema.

Para evitar isso, leia a proposta com atenção, identificando as palavras-chave e os limites temáticos indicados. Use a coletânea como base para contextualizar o problema, mas vá além, articulando suas próprias ideias e argumentos. Por exemplo, se o tema for “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil,” um texto que fale apenas sobre educação em geral estará fora do escopo. A precisão temática é fundamental para atingir uma boa nota.

Não Consideração do Público-Alvo

Esquecer de considerar o público-alvo da prova é outro erro que pode prejudicar o impacto do texto. Cada exame tem um perfil de corretores que busca identificar competências específicas nos candidatos. Um tom inadequado, excesso de informalidade ou argumentos desconectados das expectativas da banca podem comprometer a avaliação.

Para evitar esse problema, adapte sua linguagem e abordagem ao perfil da prova. No ENEM, por exemplo, o público-alvo inclui corretores que esperam um texto claro, objetivo e fundamentado em repertório sociocultural relevante. Já em provas de vestibulares específicos, como os de universidades tradicionais, o texto pode exigir uma linguagem mais formal e argumentação sofisticada. Entender quem vai ler sua redação ajuda a moldar o tom e o estilo adequados ao contexto.

Problemas de Originalidade

A falta de originalidade compromete a qualidade de uma redação, tornando-a previsível e pouco envolvente. Textos que apenas reproduzem ideias comuns ou repetem estruturas pré-fabricadas não se destacam e podem prejudicar a avaliação, especialmente em provas que valorizam criatividade e repertório sociocultural. Além disso, a ausência de uma abordagem autêntica pode levar o leitor a questionar o domínio do autor sobre o tema.

Para superar esse problema, busque construir argumentos próprios, trazendo perspectivas únicas e conectando-as ao tema de maneira pessoal e criativa. Use repertórios variados, como fatos históricos, referências culturais ou experiências indiretas, para enriquecer seu texto. A originalidade não exige ser inusitado, mas sim pensar além do óbvio.

Reprodução de Modelos Prontos

A reprodução de modelos prontos é um erro frequente, especialmente em provas como o ENEM, onde os candidatos muitas vezes tentam adaptar estruturas de redações previamente estudadas. Embora modelos possam servir como inspiração, replicá-los integralmente faz o texto parecer mecânico e sem profundidade. Esse problema pode se agravar quando o modelo escolhido não se ajusta perfeitamente ao tema proposto.

Para evitar esse erro, use modelos como referências para organização e estrutura, mas adapte-os ao contexto da prova. Por exemplo, em vez de simplesmente copiar argumentos genéricos sobre educação ou saúde, insira exemplos específicos e relevantes ao tema. A personalização do texto mostra domínio e engajamento real com a proposta.

Falta de Criatividade na Abordagem

Falta de criatividade na abordagem resulta em textos genéricos e pouco memoráveis. Candidatos que seguem o caminho mais óbvio muitas vezes perdem a chance de se destacar ao não explorar o tema sob uma perspectiva única ou instigante. A criatividade não precisa ser extravagante, mas deve demonstrar que o autor é capaz de pensar criticamente e articular ideias de maneira interessante.

Para solucionar esse problema, experimente explorar ângulos inesperados ou estabelecer conexões inusitadas entre o tema e outros contextos. Por exemplo, ao abordar um tema como “Desafios da mobilidade urbana,” em vez de discutir apenas trânsito, traga insights sobre urbanismo sustentável ou impactos sociais da falta de transporte público eficiente. Isso enriquece a redação e a torna mais marcante para o corretor.

Erros de Argumentação Inicial

Erros na argumentação inicial comprometem a base do texto, enfraquecendo a persuasão e a clareza do raciocínio. Uma introdução que apresenta argumentos de forma confusa ou desalinhada com o tema pode deixar o leitor desorientado e prejudicar o desenvolvimento. É fundamental planejar cuidadosamente a progressão das ideias desde o início para garantir coesão e credibilidade.

Para evitar esses problemas, use a introdução para contextualizar o tema e apresentar sua tese, reservando os argumentos detalhados para o corpo do texto. Isso mantém o foco e organiza a progressão lógica do conteúdo.

Apresentação Prematura de Argumentos Complexos

Introduzir argumentos complexos logo na abertura pode confundir o leitor e comprometer a fluidez do texto. A introdução deve preparar o terreno para os argumentos, não mergulhar diretamente em análises densas que pertencem ao desenvolvimento. Essa abordagem apressada pode dar a impressão de que o texto está desorganizado.

Para corrigir isso, utilize a introdução para contextualizar o tema e expor a tese de maneira clara e simples. Reserve as explicações detalhadas e análises mais elaboradas para os parágrafos seguintes. Por exemplo, ao discutir desigualdade social, em vez de abrir com dados complicados, comece com uma visão geral do problema e o que será abordado na redação.

Usar de Sentimentalismo Pessoal Diante da Proposta de Redação

O uso excessivo de sentimentalismo pessoal em uma redação dissertativa-argumentativa pode prejudicar o tom formal e a objetividade exigidos. Expressar opiniões baseadas em experiências subjetivas ou emoções, como “Eu sinto que…” ou “Na minha opinião pessoal…,” enfraquece a argumentação ao afastá-la do caráter analítico esperado.

Para evitar isso, mantenha uma abordagem impessoal e baseada em fatos ou repertório sociocultural. Substitua afirmações subjetivas por argumentos fundamentados. Por exemplo, em vez de escrever “Eu acho que todos deveriam ajudar mais as pessoas,” diga: “A solidariedade é um pilar fundamental para a coesão social e pode ser incentivada por políticas públicas.” Isso confere mais seriedade e credibilidade ao texto.

Afirmações sem Fundamentação

Fazer afirmações sem embasamento é um dos erros mais graves em redações argumentativas. Argumentos que não são sustentados por dados, exemplos ou referências confiáveis parecem frágeis e podem ser facilmente refutados. Isso prejudica a força persuasiva e demonstra falta de preparo do autor.

Para corrigir esse erro, acompanhe cada afirmação com fundamentação clara, como dados reais, exemplos históricos ou referências culturais. Por exemplo, ao afirmar que “a educação é o principal motor do progresso,” adicione algo como: “Estudos da UNESCO indicam que países com maior índice de alfabetização apresentam maior crescimento econômico sustentável.” A fundamentação torna o argumento mais sólido e respeitável.

Criar Porcentagens de Dados

Inventar porcentagens ou estatísticas prejudica a credibilidade do texto e pode levar à penalização em provas que avaliam rigor argumentativo. Dados fictícios dão a impressão de que o autor tentou parecer informado sem ter um conhecimento real sobre o tema. Isso reduz a confiança do leitor nos argumentos apresentados.

Para evitar esse erro, use apenas dados reais e citáveis ou substitua estatísticas por afirmações generalistas bem fundamentadas. Por exemplo, em vez de inventar que “5% da população mundial sofre com isso,” você pode dizer: “Uma parcela significativa da população mundial enfrenta esse desafio, especialmente em países em desenvolvimento.” Isso mantém a argumentação válida sem comprometer a integridade do texto.

As pessoas também perguntam

Como evitar começar a redação com “Nos dias de hoje/Atualmente”?

Abrir a redação com expressões como “Nos dias de hoje” ou “Atualmente” é um dos clichês mais comuns e pode tornar o texto genérico e pouco original. Essas frases não agregam valor ao argumento e muitas vezes soam como um recurso superficial para iniciar o texto.

Para evitar esse início previsível, use estratégias mais criativas, como apresentar um dado relevante, citar um fato marcante ou começar com uma breve contextualização diretamente relacionada ao tema. Por exemplo, em vez de dizer: “Atualmente, a desigualdade social é um grande problema,” inicie com algo mais específico e impactante, como: “Em 2023, o Brasil figurou entre os países com maior desigualdade social na América Latina, refletindo desafios históricos ainda não superados.” Isso demonstra domínio sobre o tema e prende a atenção do leitor.

É errado usar perguntas retóricas na introdução?

Não é errado usar perguntas retóricas na introdução, mas elas devem ser utilizadas com moderação e propósito. Perguntas retóricas podem ser eficazes para instigar a curiosidade ou provocar reflexão, mas precisam ser relevantes ao tema e conectadas à argumentação que será desenvolvida. O problema surge quando essas perguntas não são respondidas ao longo do texto ou quando são usadas apenas como um recurso vago para chamar atenção.

Para fazer bom uso de perguntas retóricas, certifique-se de que elas introduzem a tese ou criam uma transição lógica para os argumentos. Por exemplo, ao invés de perguntar: “O que seria do mundo sem tecnologia?” (uma questão ampla e genérica), você pode usar: “Como garantir que o avanço tecnológico não aprofunde as desigualdades sociais?” Isso direciona o leitor e já sugere o foco do texto.

Qual o maior erro ao escrever a tese na introdução?

O maior erro ao escrever a tese na introdução é formulá-la de maneira vaga, confusa ou desconexa do tema proposto. Uma tese que não é clara dificulta a compreensão do objetivo do texto e compromete a coesão dos argumentos apresentados nos parágrafos seguintes. Além disso, uma tese genérica ou ambígua pode dar a impressão de que o autor não domina o assunto.

Para evitar esse erro, escreva uma tese direta e específica, que expresse claramente o ponto de vista ou a ideia central que será defendida. Por exemplo, em vez de dizer: “A educação é importante para o desenvolvimento,” uma tese mais forte seria: “Investir na educação básica é essencial para reduzir desigualdades sociais e impulsionar o crescimento econômico sustentável.” Essa abordagem dá ao leitor uma direção clara sobre o que esperar do texto e organiza melhor a argumentação.

Como não ser genérico ao contextualizar o tema?

Para evitar a genericidade ao contextualizar o tema, é crucial apresentar informações específicas e diretamente relacionadas à proposta da redação. Frases amplas como “A educação é importante” ou “A tecnologia mudou nossas vidas” podem ser verdadeiras, mas carecem de impacto e profundidade. O segredo está em ancorar a contextualização em fatos, dados, eventos históricos ou situações atuais que adicionem relevância ao tema.

Por exemplo, em vez de dizer: “Nos dias de hoje, o meio ambiente é um tema preocupante,” você pode contextualizar de forma mais específica: “O relatório de 2023 do IPCC alerta que o aumento da temperatura global em 1,5°C até 2040 pode causar impactos irreversíveis no ecossistema.” Essa abordagem demonstra domínio do tema e cria uma conexão imediata com a tese, além de mostrar que o texto será informativo e bem fundamentado.

É aceitável usar primeira pessoa na introdução da redação?

O uso da primeira pessoa na introdução de uma redação depende do tipo de prova ou texto solicitado. Em redações dissertativas-argumentativas, como no ENEM, o uso da primeira pessoa deve ser evitado, pois o objetivo é manter um tom impessoal e analítico. Frases como “Eu acho que” ou “Na minha opinião” enfraquecem a argumentação, uma vez que o foco deve estar nos argumentos e nas evidências, e não na perspectiva pessoal.

Entretanto, em textos opinativos ou narrativos, a primeira pessoa pode ser aceitável e até recomendada. Em caso de dúvida, prefira um tom mais objetivo e impessoal, como: “A educação desempenha um papel central na transformação social” em vez de “Eu acredito que a educação é fundamental para a sociedade.” Isso confere ao texto maior formalidade e credibilidade, características valorizadas em provas e redações acadêmicas.

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