Erros de concordância: como evitar na redação

Erros de concordância são um dos principais problemas que comprometem a clareza e a formalidade de um texto. Em redações, especialmente no Enem e vestibulares, falhas desse tipo podem prejudicar a nota, já que mostram falta de domínio da norma culta. 

A concordância verbal e nominal precisa estar correta para garantir a coerência e a fluidez da escrita. Muitos deslizes ocorrem por descuido ou desconhecimento das regras, mas a boa notícia é que é possível evitá-los com atenção e prática. 

Identificar os erros mais comuns e entender como corrigi-los é essencial para quem deseja construir textos bem estruturados e sem falhas gramaticais.

O que é erro de concordância?

Um erro de concordância acontece quando as palavras dentro de uma frase não mantêm uma relação adequada em termos de número (singular ou plural), gênero (masculino ou feminino) ou pessoa verbal (primeira, segunda ou terceira). 

Esses deslizes comprometem a clareza da escrita e indicam falta de domínio da norma culta, prejudicando a qualidade da redação, especialmente em provas como o Enem e vestibulares.

A concordância pode ser verbal ou nominal:

  1. Concordância verbal: Refere-se à relação entre o verbo e o sujeito da oração. O verbo precisa concordar com o sujeito em número e pessoa para que a frase tenha sentido correto. Por exemplo: Os alunos estudam todos os dias. / Os alunos estuda todos os dias.
  2. Concordância nominal: Diz respeito à harmonia entre substantivos e seus determinantes (adjetivos, pronomes, artigos e numerais) para garantir que todos estejam no mesmo gênero e número. Por exemplo: As cadeiras confortáveis estavam na sala. / As cadeira confortável estavam na sala.

Além desses dois tipos principais, também existe a concordância verbo-nominal, que envolve tanto o verbo quanto o predicativo do sujeito ou do objeto, o que exige uma estrutura bem definida para manter a coerência textual.

Erros de concordância geralmente surgem por influência da oralidade, falta de atenção ou desconhecimento das regras gramaticais. No entanto, com prática e revisão, é possível evitá-los e construir textos mais claros e coesos.

Exemplos de erros de concordância comuns

Conhecer os erros de concordância mais frequentes é essencial para quem deseja evoluir na escrita. Esses desvios gramaticais, mesmo quando sutis, impactam diretamente na nota da redação e comprometem a credibilidade do texto. 

Falhas como “os problema persiste” ou “as pessoa estão cansadas” são comuns, principalmente quando a atenção está mais voltada ao conteúdo do que à forma. A prática da leitura crítica e a revisão atenta são formas eficazes de identificar esses erros antes que se tornem obstáculos na correção.

Entre os erros mais recorrentes estão os ligados ao uso inadequado do sujeito composto, verbos impessoais no plural e concordância nominal entre artigos, substantivos e adjetivos. Cada um desses desvios pode ser evitado com treino específico.

A análise desses exemplos não apenas revela os pontos frágeis da escrita, como também direciona o foco do próximo passo: entender como aplicar, de forma prática, técnicas que evitam esses deslizes. Por isso, o próximo tópico apresenta estratégias essenciais para não errar na concordância na hora da redação.

Erro de concordância verbal

A concordância verbal acontece quando o verbo se ajusta corretamente ao sujeito da oração. Para evitar erros, algumas regras são essenciais:

  1. Sujeito simples: O verbo concorda com o núcleo do sujeito. / O aluno estuda todos os dias. / O aluno estudam todos os dias.
  2. Sujeito composto antes do verbo: O verbo deve ficar no plural. / Carlos e Mariana saíram para jantar. / Carlos e Mariana saiu para jantar.
  3. Sujeito composto depois do verbo: O verbo pode concordar com o termo mais próximo ou ir para o plural. / Chegaram ao evento Pedro e Ana. / Chegou ao evento Pedro e Ana.
  4. Sujeito coletivo: O verbo pode permanecer no singular se o coletivo estiver sem especificação. / A multidão aplaudiu o discurso. / Mas se houver um complemento no plural, o verbo pode ir para o plural: A multidão de torcedores aplaudiram o discurso.
  5. Expressões com “um dos que”: O verbo pode ficar no singular ou no plural. / Ele foi um dos alunos que mais estudou. / Ele foi um dos alunos que mais estudaram.

Essas regras garantem que o verbo esteja sempre alinhado ao sujeito para evitar falhas na construção da frase.

Erros de concordância nominal

A concordância nominal exige que os determinantes de um substantivo estejam de acordo em gênero e número. Aqui estão algumas das regras principais para evitar erros:

  1. Adjetivo concordando com um substantivo: As ruas largas estavam iluminadas. / As ruas largo estavam iluminadas. / 
  2. Adjetivo concordando com mais de um substantivo: Se os substantivos forem do mesmo gênero, o adjetivo vai para o plural. / As cadeiras e mesas quebradas foram descartadas. / Se forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode concordar com o termo mais próximo ou ir para o plural masculino. / O vestido e a blusa vermelha foram comprados. / O vestido e a blusa vermelhos foram comprados.
  3. Casos especiais: Expressões como “é proibido”, “é necessário”, “é permitido” ficam no masculino singular quando não há artigo antes do substantivo: É proibido entrada de estranhos. / Quando há artigo, a concordância deve ser feita: É proibida a entrada de estranhos.

A concordância nominal garante que o texto tenha fluidez e evite construções confusas ou ambíguas.

Erros de concordância verbo-nominal

A concordância verbo-nominal envolve a relação entre o verbo e o predicativo do sujeito ou do objeto. Essa estrutura exige atenção para garantir que todos os elementos estejam concordando corretamente.

  1. Sujeito no plural: Os alunos estavam atentos à explicação. / Os alunos estava atentos à explicação.
  2. Sujeito no singular: O professor parecia cansado após a aula. / O professor pareciam cansado após a aula.
  3. Quando há dois ou mais predicativos: Se referirem-se ao mesmo sujeito, devem concordar entre si. / Os participantes estavam animados e preparados para a competição. / Os participantes estavam animado e preparados para a competição.
  4. Com o verbo de ligação “ser”: O verbo pode concordar com o sujeito ou com o predicativo, dependendo do contexto. / A esperança são os jovens. / A esperança é os jovens.

Para evitar esses erros, é essencial revisar atentamente a relação entre os elementos da frase, garantindo que verbo e predicativo estejam corretamente alinhados ao sujeito.

8 dicas para não errar a concordância na redação

Evitar erros de concordância é uma meta que exige mais do que memorização de regras. É uma questão de prática orientada, leitura ativa e atenção aos detalhes. Saber onde e como essas falhas acontecem permite que o estudante adote estratégias certeiras para escrever com mais confiança. Uma dica importante é sempre identificar o núcleo do sujeito antes de conjugar o verbo, evitando construções como “a maioria das pessoas foram” ou “fazerem muitos anos”.

Outra recomendação é revisar os adjetivos após os substantivos, garantindo que a concordância nominal também esteja correta. Ler o texto em voz alta ajuda a perceber se algo soa estranho, o que pode indicar erro de estrutura. Usar frases curtas e diretas facilita o controle da concordância e contribui para um texto mais claro.

Com esse conjunto de dicas aplicadas com regularidade, a escrita se torna mais técnica, coesa e segura. O próximo conteúdo foca justamente em como fortalecer essa habilidade na prática, mantendo a consistência da redação em todos os níveis de revisão.

1- Fique de olho no sujeito

Identificar o sujeito corretamente é o primeiro passo para evitar erros de concordância. O verbo da oração deve sempre concordar com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira) e garantir que a frase tenha sentido e esteja de acordo com a norma culta.

Aqui estão alguns exemplos para ilustrar esse ponto:

  • Os alunos estudam para o vestibular. (O sujeito “os alunos” está no plural, então o verbo “estudam” também deve estar.)
  • Os alunos estuda para o vestibular. (O verbo deveria estar no plural para concordar com o sujeito.)

Outro erro comum acontece quando o sujeito aparece distante do verbo, o que pode confundir o escritor:

  • O grupo de estudantes que participam das olimpíadas está motivado.
  • O grupo de estudantes que participa das olimpíadas está motivado. (O núcleo do sujeito é “grupo”, que está no singular.)

Além disso, é importante ter cuidado com os sujeitos compostos:

  • Pedro e Maria viajaram no final de semana.
  • Pedro e Maria viajou no final de semana. (O verbo deve concordar com os dois sujeitos no plural.)

Ter atenção ao sujeito ajuda a evitar erros e torna o texto mais claro e preciso.

2- Cuidado com o verbo SER

O verbo ser tem regras específicas de concordância, o que faz com que muitos estudantes cometam erros ao utilizá-lo. Esse verbo pode concordar com o sujeito ou com o predicativo a depender do contexto da frase.

Aqui estão algumas regras importantes:

  1. Se o sujeito e o predicativo estiverem no singular, o verbo fica no singular: A vida é um desafio. / A vida são um desafio.
  2. Se o sujeito for um pronome neutro (isso, aquilo, tudo), o verbo concorda com o predicativo: Tudo são escolhas. / Tudo é escolhas.
  3. Se o sujeito for plural e o predicativo estiver no singular, o verbo pode concordar com ambos: Os desafios da vida são um aprendizado. / Os desafios da vida é um aprendizado.
  4. Se houver numerais indicando horas, datas ou distâncias, o verbo fica no singular: É uma hora da tarde. / Hoje é dez de fevereiro. / Daqui até a cidade é dez quilômetros.
  5. Se o sujeito for um coletivo, o verbo concorda no singular, mas pode ir para o plural se houver um complemento no plural: O grupo de estudantes é esforçado. / O grupo de estudantes são dedicados.

O verbo ser pode ser traiçoeiro, mas com atenção e prática, é possível evitar erros e garantir um texto bem construído.

3- Concorde com o núcleo do sujeito

Outro erro comum ocorre quando há confusão sobre qual palavra é o núcleo do sujeito. O verbo sempre deve concordar com o núcleo, e não com os termos acessórios que acompanham o sujeito.

Veja alguns exemplos para entender melhor:

  • O conjunto de regras foi atualizado.
  • O conjunto de regras foram atualizados. (O verbo deve concordar com “conjunto”, e não com “regras”.).
  • A maioria dos alunos gosta de literatura.
  • A maioria dos alunos gostam de literatura. (O núcleo é “maioria”, que está no singular.)

Outro caso que merece atenção é quando há expressões como “parte de”, “um grupo de”, “um número de”:

  • Uma parte dos funcionários pediu demissão.
  • Uma parte dos funcionários pediram demissão.

Quando há expressões como “um dos que”, o verbo pode concordar com o sujeito ou com o termo mais próximo:

  • Ele foi um dos alunos que mais estudou.
  • Ele foi um dos alunos que mais estudaram.

Esses detalhes fazem toda a diferença na escrita e evitam deslizes que podem comprometer a nota na redação.

4- Verbo HAVER com valor existencial

O verbo haver é frequentemente utilizado de forma incorreta quando tem o sentido de existência. Muitos acabam por aplicar a concordância de maneira equivocada, influenciados pela oralidade. Para evitar esse erro, é essencial compreender as regras específicas para esse caso.

Regra principal:

Quando o verbo haver é usado no sentido de existir, ele deve sempre permanecer no singular, independentemente do sujeito aparente.

  • Havia muitas pessoas na festa.
  • Haviam muitas pessoas na festa. (Erro de concordância – o verbo não deve ir para o plural.).
  • Haverá problemas no futuro.
  • Haverão problemas no futuro.

Esse erro ocorre porque muitas pessoas confundem o verbo haver com o verbo existir, que, diferentemente dele, deve concordar com o sujeito:

  • Existiam muitas pessoas na festa.
  • Existirão problemas no futuro.

Outra característica do verbo haver com sentido existencial é que ele não pode ser usado de forma impessoal em locuções verbais. O verbo auxiliar também deve permanecer no singular:

  • Deve haver muitas dúvidas sobre esse tema.
  • Devem haver muitas dúvidas sobre esse tema.
  • Pode haver mudanças no sistema.
  • Podem haver mudanças no sistema.

Com atenção a essa regra, é possível evitar um erro que se destaca negativamente em redações e compromete a nota em gramática.

5- Partícula SE

A partícula se pode desempenhar diferentes funções dentro de uma frase e pode afetar diretamente a concordância verbal. Um dos erros mais comuns ocorre quando ela é usada como índice de indeterminação do sujeito ou partícula apassivadora, e o verbo não recebe a flexão correta.

1. Quando a partícula “se” indica indeterminação do sujeito

Nessa estrutura, o verbo sempre fica no singular, pois não há um sujeito definido. O erro mais frequente ocorre quando se coloca o verbo no plural.

  • Precisa-se de profissionais qualificados.
  • Precisam-se de profissionais qualificados.
  • Vive-se melhor no interior.
  • Vivem-se melhor no interior.

O motivo desse uso no singular é que, nesses casos, o verbo é transitivo indireto, ou seja, não pode concordar com o complemento.

2. Quando a partícula “se” é apassivadora

Aqui, o verbo concorda com o sujeito, pois a frase está na voz passiva sintética.

  • Vendem-se casas na praia. (Casas são vendidas na praia.).
  • Vende-se casas na praia.
  • Alugam-se apartamentos no centro. (Apartamentos são alugados no centro.).
  • Aluga-se apartamentos no centro.

O segredo para evitar erros com a partícula se é identificar se ela está indeterminando o sujeito (verbo no singular) ou se está tornando a oração passiva (verbo concorda com o sujeito).

6- Concordância com o pronome relativo “Que”

O pronome relativo que é um dos mais utilizados na língua portuguesa, e sua concordância pode gerar dúvidas, principalmente quando usado antes do verbo. A dificuldade surge quando há incerteza sobre qual termo o verbo deve concordar.

1. Quando “que” retoma um sujeito no singular

Se o termo anterior ao que estiver no singular, o verbo também deve ser conjugado no singular.

  • Foi ele que trouxe os documentos.
  • Foi ele que trouxeram os documentos.
  • O aluno que estudou passou na prova.
  • O aluno que estudaram passou na prova.

2. Quando “que” retoma um sujeito no plural

Se o antecedente do que estiver no plural, o verbo deve concordar com ele.

  • Foram os alunos que participaram do evento.
  • Foram os alunos que participou do evento.
  • São os projetos que fazem a diferença.
  • São os projetos que faz a diferença.

3. Quando “que” se refere à primeira ou segunda pessoa

Nesse caso, o verbo deve ser flexionado conforme a pessoa correspondente.

  • Sou eu que organizo o material.
  • És tu que estudas todos os dias.

O erro mais comum ocorre quando a pessoa verbal é ignorada e o verbo é colocado na terceira pessoa, o que desrespeita a regra de concordância.

Com atenção a essas estruturas, é possível evitar falhas frequentes na concordância com o pronome relativo que para garantir que o verbo sempre esteja corretamente alinhado ao termo antecedente.

7- Atenção à concordância com expressões partitivas (ex: “a maioria das pessoas gosta”)

As expressões partitivas, como “a maioria de”, “a parte de”, “um grupo de”, “metade de”, costumam gerar dúvidas na concordância verbal. O verbo pode concordar com o termo partitivo (singular) ou com o complemento (plural) a depender da ênfase que se deseja dar à frase.

1. Concordância com o termo partitivo (mais comum em contextos formais)

Na maioria dos casos, o verbo concorda com o núcleo da expressão partitiva, que está no singular.

  • A maioria dos alunos gosta de literatura.
  • A parte da população prefere comida caseira.

2. Concordância com o complemento (possível em contextos informais)

Quando se deseja enfatizar o conjunto plural, o verbo pode ir para o plural, mas essa construção é mais comum na linguagem falada.

  • A maioria dos alunos gostam de literatura.
  • Uma parte dos torcedores vibraram com o gol.

Apesar dessa possibilidade, a concordância com o singular é a mais aceita na norma culta, especialmente em textos acadêmicos e redações de vestibular.

3. Exemplos com diferentes expressões partitivas

  • A metade dos convidados chegou atrasada.
  • Um terço dos eleitores não compareceu às urnas.
  • A maior parte das pessoas concorda com a decisão.

Para evitar erros, o mais seguro é manter o verbo no singular quando houver uma expressão partitiva antes do sujeito. Revisar o contexto da frase e testar a leitura em voz alta ajudam a identificar a concordância mais adequada.

8- Fique atento à concordância com coletivos (ex: “o grupo decidiu”, “a equipe venceu”)

Os substantivos coletivos indicam um conjunto de elementos, mas geralmente estão no singular. O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito, e não com os elementos que ele representa.

1. Concordância com coletivos no singular

Na maioria dos casos, o verbo permanece no singular, pois concorda com o coletivo.

  • O grupo decidiu adiar a reunião.
  • A equipe venceu o campeonato.
  • A multidão aplaudiu o espetáculo.

2. Concordância com coletivos seguidos de complemento plural

Se o coletivo estiver acompanhado de um complemento no plural, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural a depender da ênfase.

  • O grupo de alunos participou da competição.
  • O grupo de alunos participaram da competição.
  • A equipe de cientistas realizou novos estudos.
  • A equipe de cientistas realizaram novos estudos.

O uso do plural enfatiza os indivíduos dentro do coletivo, mas a forma mais recomendada para textos formais é manter o verbo no singular.

3. Casos especiais com coletivos numéricos

Quando os coletivos indicam quantidade numérica, o verbo costuma concordar com o número.

  • Um milhão de pessoas assistiu ao evento.
  • Milhares de torcedores comemoraram a vitória.

O ideal é sempre avaliar o contexto da frase e optar pela construção mais coerente com o tom do texto. Para evitar erros, a regra geral é manter o verbo no singular quando o sujeito for um coletivo simples.

Quais são as regras da concordância?

As regras de concordância são essenciais para garantir que um texto esteja estruturado corretamente e respeite a norma culta da língua portuguesa. A concordância pode ser verbal ou nominal, e entender suas regras é fundamental para evitar erros que podem comprometer a clareza da redação.

1. Regras da concordância verbal

A concordância verbal acontece quando o verbo se ajusta ao sujeito da oração com respeito ao número (singular ou plural) e a pessoa (primeira, segunda ou terceira). Algumas regras importantes incluem:

  • Sujeito simples: O verbo concorda com o núcleo do sujeito.

O professor explicou a matéria.

O professor explicaram a matéria.

  • Sujeito composto antes do verbo: O verbo vai para o plural.

 João e Maria viajaram no feriado.

João e Maria viajou no feriado.

  • Sujeito composto depois do verbo: O verbo pode concordar com o termo mais próximo ou ir para o plural.

Chegaram Pedro e Ana ao evento.

Chegou Pedro e Ana ao evento.

  • Verbo haver com sentido de existir: Permanece sempre no singular.

Havia muitas pessoas na festa.

Haviam muitas pessoas na festa.

2. Regras da concordância nominal

A concordância nominal garante que adjetivos, pronomes, numerais e artigos concordem em gênero e número com o substantivo ao qual se referem.

  • Adjetivo concordando com um substantivo: As ruas largas estavam iluminadas. / As ruas largo estavam iluminadas.
  • Adjetivo concordando com mais de um substantivo: Os professores e alunos dedicados tiveram ótimos resultados.

Dominar essas regras evita falhas na escrita e melhora a qualidade da redação.

Como identificar uma concordância?

Identificar a concordância correta é um passo essencial para garantir que a estrutura do texto esteja bem formulada. Para isso, é importante observar a relação entre as palavras dentro da oração e analisar se elas mantêm a coerência em número e gênero.

1. Identificar a concordância verbal

Para verificar se a concordância verbal está correta, siga este processo:

  • Encontre o sujeito da oração: Veja se ele está no singular ou no plural.
  • Analise o verbo: O verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa.
  • Verifique se há erros comuns: Como no uso do verbo haver impessoal ou em frases com sujeitos compostos.

Os alunos estudaram para a prova.

Os alunos estudou para a prova.

2. Identificar a concordância nominal: A concordância nominal exige que os elementos que determinam o substantivo (adjetivos, artigos, pronomes e numerais) estejam alinhados corretamente.

  • Verifique o substantivo: Veja se ele está no singular ou no plural.
  • Analise os termos que o acompanham: O artigo, pronome ou adjetivo devem estar na mesma flexão.
  • Atenção a expressões fixas: Algumas estruturas podem ter regras específicas.

As crianças felizes brincavam no parque.

As criança feliz brincavam no parque.

Seguir esses passos ajuda a evitar erros e aprimorar a escrita.

Como saber se a concordância está certa?

Saber se a concordância está correta requer atenção e prática. Existem algumas estratégias que ajudam a revisar o texto e garantir que os verbos e os termos nominais estejam bem ajustados.

1. Leia a frase em voz alta

A leitura em voz alta permite perceber se há alguma discordância entre os termos. Muitas vezes, um erro passa despercebido na leitura silenciosa, mas soa estranho quando falado.

As ideias inovadoras foram bem aceitas.

As ideia inovadora foram bem aceitas.

2. Identifique o núcleo do sujeito

Para evitar falhas na concordância verbal, sempre localize o núcleo do sujeito e veja se ele está no singular ou plural. O verbo deve concordar diretamente com esse núcleo.

A equipe de atletas treinou intensamente.

A equipe de atletas treinaram intensamente.

3. Analise a flexão dos adjetivos e pronomes

Os adjetivos e pronomes que acompanham um substantivo devem concordar com ele em gênero e número.

As pessoas educadas são bem-vistas.

As pessoas educado são bem-vistas.

4. Verifique a aplicação das regras específicas

Algumas regras, como o uso do verbo haver impessoal e a concordância com coletivos, podem confundir. Sempre confira se a estrutura da frase segue o padrão correto. Com essas práticas, é possível revisar o texto de forma eficiente e garantir que a concordância esteja adequada.

Como tirar nota máxima na redação?

(cta para o produto do cliente)

Tirar nota máxima na redação exige atenção à estrutura do texto, uso adequado da gramática e uma argumentação bem desenvolvida. A concordância é um dos aspectos essenciais avaliados pelos corretores, e evitar erros nesse ponto faz toda a diferença na pontuação.

1. Domine a estrutura da redação

O texto deve seguir a organização básica de introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada parágrafo precisa estar bem estruturado e conectado ao tema proposto.

  • Introdução: Apresente o tema de forma clara.
  • Desenvolvimento: Argumente com coerência e fundamentação.
  • Conclusão: Finalize reforçando o ponto de vista e, no caso do ENEM, proponha uma solução viável.

2. Evite erros de concordância

Os corretores penalizam erros gramaticais, e as falhas de concordância estão entre as mais comuns. Para garantir um texto impecável:

  • Leia a redação em voz alta e verifique se os verbos e adjetivos estão a concordar corretamente.
  • Revise frases mais longas para evitar erros de concordância verbo-nominal.
  • Fique atento a expressões como “a maioria de” e “um grupo de” e garanta que o verbo esteja correto.

3. Utilize conectivos e um vocabulário variado

Evite repetições e conecte os argumentos de forma fluida com a utilização de expressões como dessa forma, nesse contexto e considerando esse cenário.

4. Faça revisões detalhadas antes de finalizar

Sempre releia a redação antes de entregá-la. Muitos erros são percebidos apenas na revisão, então esse passo pode ser determinante para garantir uma nota alta.

Se você quer alcançar um desempenho excelente na redação e eliminar erros de concordância, precisa de um método eficiente para treinar. 

Com a Linha por Linha, você recebe correções detalhadas, feedback personalizado e um plano estratégico para aperfeiçoar sua escrita. Comece agora e transforme seu treino em uma redação nota máxima!

Conclusão 

Erros de concordância podem comprometer a clareza e a estrutura de uma redação, prejudicando a nota final. Para evitá-los, é essencial compreender as regras gramaticais e praticar constantemente. 

Identificar o sujeito corretamente, ajustar o verbo à pessoa e ao número adequados, além de prestar atenção à concordância nominal, são passos fundamentais para garantir um texto bem escrito. 

A revisão cuidadosa antes de finalizar a redação também faz toda a diferença. Se você deseja aprimorar sua escrita e alcançar um desempenho excelente, precisa de um método eficaz. Com a Linha por Linha, você recebe correções detalhadas e orientações estratégicas para evoluir sua redação e conquistar a nota máxima.

Compartilhe este conteúdo

Foto de Flavia Piza
Flavia Piza
Oii! Muito prazer, eu sou a Flávia, a copywriter aqui na Linha por Linha e trago dicas valiosas sobre o universo da redação do ENEM. Aqui no blog, você vai encontrar conteúdos que vão te ajudar a entender tudo sobre a prova, desde como funciona a correção até estratégias para melhorar sua escrita. E, claro, vai descobrir como a Linha por Linha pode ser sua melhor aliada na busca pela tão sonhada nota 1000. Bora aprender diferente?

Conteúdos relacionados

Linguagem regional: quais são e exemplos

Linguagem regional é o reflexo vivo da cultura e da identidade de cada canto do país. Cada região do Brasil tem palavras, expressões e formas

Publicação

Linguagem culta e coloquial: diferenças e exemplos

Linguagem culta e coloquial representam dois registros distintos da língua portuguesa, cada um adequado a contextos e objetivos específicos. Saber diferenciar esses estilos é essencial

Publicação

Linguagem culta: o que é, significado e exemplos

Linguagem culta é o registro utilizado em contextos formais e que segue rigorosamente as normas gramaticais da língua portuguesa. Esse tipo de linguagem transmite clareza,

Publicação

O que é linguagem coloquial? (com exemplos)

Linguagem coloquial é a forma de comunicação mais usada no cotidiano, marcada pela espontaneidade e pela proximidade entre os interlocutores. É o tipo de linguagem

Publicação

Níveis de linguagem: o que é, quais são e quando usar

Níveis de linguagem são as formas como a língua se adapta ao contexto, ao interlocutor e à intenção comunicativa. Compreender essas variações é essencial para

Publicação

Variação linguística exercícios (com respostas explicadas)

Exercícios de variação linguística são ferramentas essenciais para quem quer dominar as diferentes formas de expressão da língua portuguesa e garantir um desempenho sólido no

Publicação