Sujeito indeterminado: guia completo!

O sujeito indeterminado é um recurso da língua portuguesa que permite construir frases sem revelar quem realiza a ação. Ele aparece em situações em que a identidade do agente é desconhecida, irrelevante ou precisa ser mantida em aberto. 

Dominar esse conceito é essencial para quem busca clareza e flexibilidade na escrita, especialmente em contextos formais como provas e redações do ENEM. Compreender como usá-lo corretamente evita ambiguidades e torna o texto mais objetivo. 

Ao longo da explicação, você vai perceber que a estrutura de frases com sujeito indeterminado é estratégica, simples de aplicar e pode elevar o nível de qualquer produção textual.

Formas de indeterminar o sujeito

Existem três maneiras principais de indeterminar o sujeito, e cada uma delas se adapta a contextos específicos. Todas são amplamente utilizadas em textos argumentativos, narrativos e descritivos ao funcionarem como alternativas práticas quando não se deseja identificar diretamente o agente da ação. 

A primeira forma ocorre com verbos conjugados na terceira pessoa do plural, o que permite uma generalização do discurso. Outra possibilidade aparece com o uso da partícula “se” que acompanha verbos na terceira pessoa do singular, o que cria uma ideia impessoal. 

Por fim, também é possível empregar o infinitivo impessoal, muito comum em instruções ou orientações. Reconhecer essas estratégias ajuda a compreender melhor os textos e a construir argumentos mais coesos, já que o foco se desloca da figura do sujeito para a ação ou para o conteúdo que se pretende destacar.

1. Frases com verbo na terceira pessoa do plural

O uso da terceira pessoa do plural é uma das maneiras mais práticas de indeterminar o sujeito. Nesse caso, o verbo aparece conjugado de forma a sugerir uma ação realizada por alguém, mas sem revelar quem de fato age.

Por exemplo, em “Disseram que o exame foi difícil”. Nesse enunciado, não há indicação de quem disse, apenas a ação importa. Esse recurso é útil quando o objetivo é dar ênfase ao acontecimento, e não à identidade de quem o provocou. 

Em textos argumentativos, essa estrutura cria um tom de objetividade e universalidade. É como se o narrador transmitisse informações coletivas, sem se prender a um indivíduo específico. 

A clareza se mantém, e a leitura flui de maneira natural. Essa forma de indeterminação pode ser aplicada tanto em contextos formais, como redações e notícias, quanto em conversas do dia a dia ao sempre reforçar a ideia de ação sem foco no agente.

2. Frases com verbo na terceira pessoa do singular junto com “se”

Outra forma bastante comum de indeterminar o sujeito ocorre com o uso da partícula “se” em construções verbais na terceira pessoa do singular.

Nesse caso, o pronome “se” transforma a oração em impessoal e desloca a atenção da pessoa que pratica a ação para o ato em si. Por exemplo, em “Precisa-se de voluntários”. A frase indica uma necessidade, mas não especifica quem precisa. 

Essa estrutura é típica em contextos formais e institucionais, já que mantém um tom neutro e objetivo. Ela também aparece em manuais, cartazes ou orientações, porque transmite a informação sem direcionar a ação a alguém em particular. 

É importante lembrar que o verbo permanece no singular mesmo quando o complemento está no plural, como em “Busca-se soluções para o problema”. Essa característica reforça a impessoalidade da frase e demonstra como o sujeito indeterminado é fundamental para criar clareza e impessoalidade em diferentes tipos de textos.

3. Frases com verbo no infinitivo impessoal

O infinitivo impessoal é outra estratégia eficiente para indeterminar o sujeito, muito presente em instruções, regras e avisos. Nessa forma, o verbo aparece no infinitivo simples, sem flexão, e a ação é apresentada de maneira genérica.

Exemplos comuns incluem frases como “É preciso estudar para alcançar bons resultados” ou “Trabalhar faz parte da rotina de todos”. Nesse tipo de construção, não existe referência a um sujeito específico, apenas a ideia de que a ação pode ser praticada por qualquer pessoa. 

Essa forma é valiosa em textos formais, pois transmite objetividade e dá um tom de universalidade. Em provas e concursos, o infinitivo impessoal pode ser usado para orientar condutas ou destacar ações gerais sem atribuir responsabilidade a alguém em particular.

Essa característica amplia a clareza do discurso e fortalece a mensagem, já que o foco se mantém exclusivamente na ação a ser realizada.

Sujeito indeterminado e sujeito oculto

O sujeito indeterminado e o sujeito oculto podem parecer semelhantes à primeira vista, mas cumprem papéis diferentes na construção de frases.

O sujeito indeterminado é utilizado quando não se deseja ou não é possível identificar quem pratica a ação. Ele se manifesta por meio da terceira pessoa do plural, do uso da partícula “se” ou do infinitivo impessoal e cria uma ideia de generalização. 

Já o sujeito oculto aparece quando o agente da ação não está explícito na frase, mas pode ser facilmente identificado pelo contexto verbal. Por exemplo, em “Estudamos para a prova”, o pronome “nós” não aparece, mas está implícito. 

Essa distinção é crucial para evitar confusões em redações e análises gramaticais. O sujeito indeterminado transmite impessoalidade ao distanciar o foco do agente e aproximar a atenção da ação em si. Já o sujeito oculto reforça a coesão textual, pois mantém a continuidade sem repetir termos desnecessários. 

Dominar essas diferenças amplia a clareza da escrita e ajuda o estudante a construir textos mais coesos, objetivos e consistentes, habilidades essenciais em provas como o ENEM, onde cada detalhe faz diferença.

Como identificar o sujeito?

Identificar o sujeito em uma oração é um exercício de análise que exige atenção ao verbo e ao sentido do enunciado. O sujeito é o termo a quem se atribui a ação ou o estado, ainda que, em alguns casos, ele não esteja explícito. Em construções com sujeito determinado, a resposta para “quem realiza ou sofre a ação?” surge de forma imediata. 

Já no sujeito oculto, a resposta está implícita no contexto, como em “Estudamos para a prova”, em que o verbo indica a presença do pronome “nós”.

Quando se trata do sujeito indeterminado, não há possibilidade de identificar o agente, mesmo com a análise do verbo. Estruturas como “Precisa-se de atenção” ou “Disseram que a prova estava difícil” são exemplos claros disso. 

O estudante precisa estar atento, pois identificar o sujeito corretamente ajuda não apenas na gramática, mas também na produção de textos mais coerentes. Esse cuidado torna a escrita mais precisa e garante segurança na interpretação de frases, o que fortalece tanto o desempenho em provas quanto a clareza na comunicação do dia a dia.

Exercícios de sujeito indeterminado

Os exercícios de sujeito indeterminado são fundamentais para transformar teoria em prática. Uma atividade eficiente é reescrever frases e retirar a indicação direta de quem realiza a ação.

Por exemplo, a frase “Os professores corrigiram as provas” pode ser transformada em “Corrigiram as provas”, indeterminando o sujeito com o verbo na terceira pessoa do plural. Outra prática comum é identificar frases com a partícula “se” em textos reais, como em “Necessita-se de colaboradores”. 

Já o infinitivo impessoal é facilmente observado em orientações gerais, como “Estudar é essencial para o sucesso”. 

Resolver exercícios desse tipo ajuda o estudante a reconhecer rapidamente a estrutura, além de ampliar o repertório de possibilidades para aplicar em redações. A repetição dessas práticas fortalece a compreensão e dá confiança para identificar ou construir frases de forma correta. 

O sujeito indeterminado não é apenas um conteúdo gramatical, pois ele é uma ferramenta prática que, quando bem utilizada, torna a escrita mais objetiva e profissional. Com treino contínuo, essa habilidade se torna natural e eleva a qualidade dos textos em qualquer contexto.

Como a Linha por Linha pode te ajudar?

A Linha por Linha compreende que dominar o sujeito indeterminado é uma etapa estratégica para quem deseja evoluir na escrita e alcançar notas altas em redações. Através da metodologia API (Acelerador de Performance Individual), o estudante recebe treinos personalizados que unem inteligência artificial e a experiência de corretores especializados. 

Essa combinação permite identificar falhas, corrigir com precisão e avançar de forma constante. Durante as correções, o aluno tem acesso a exemplos práticos de como aplicar corretamente o sujeito indeterminado e diferenciá-lo de outras formas de sujeito. 

Essa prática direcionada reduz inseguranças e fortalece a confiança na hora da escrita. O grande diferencial está na personalização, pois cada treino é construído de acordo com as necessidades do estudante e com respeito ao ritmo, objetivos e áreas de maior dificuldade.

Assim, a jornada de preparação deixa de ser confusa e passa a ser estruturada, clara e motivadora. Com a Linha por Linha, aprender gramática e aplicar conceitos como o sujeito indeterminado se transforma em progresso real ao aproximar o estudante da redação nota máxima no ENEM.

Perguntas frequentes sobre o tema

O sujeito indeterminado gera muitas dúvidas entre estudantes, especialmente porque envolve detalhes sutis da gramática. As perguntas mais comuns giram em torno da diferença entre sujeito indeterminado e oculto, das formas de reconhecê-lo em frases e do uso correto da partícula “se”. 

Muitos também querem entender quando empregar o infinitivo impessoal e como aplicá-lo em contextos formais, como em redações do ENEM.

Outro ponto frequente é a confusão com frases em que o agente da ação não aparece explicitamente, o que leva à necessidade de análise cuidadosa do verbo. Essas dúvidas são naturais e fazem parte do processo de aprendizagem. 

Ter clareza sobre esse conteúdo ajuda não apenas a identificar as construções de sujeito indeterminado, mas também a aplicá-las de forma segura. É justamente esse domínio que faz diferença na hora de interpretar textos, resolver questões de provas e escrever com precisão. 

Cada pergunta respondida abre espaço para maior confiança, além de fortalecer a capacidade de analisar a língua com autonomia e de usá-la como ferramenta estratégica para alcançar objetivos acadêmicos.

Quando o se é sujeito indeterminado?

O “se” pode assumir diferentes funções dentro de uma frase, mas nem sempre está relacionado ao sujeito indeterminado. Ele será indeterminado quando vier acompanhado de um verbo na terceira pessoa do singular, sem referência clara a quem pratica a ação.

Um exemplo clássico está em “Precisa-se de voluntários”. Nesse caso, não há como identificar quem precisa, apenas a ação em si.

É importante lembrar que o verbo se mantém no singular, ainda que o complemento esteja no plural, o que reforça o caráter impessoal da construção. Essa forma de sujeito indeterminado é muito utilizada em avisos, comunicados e textos formais, pois confere objetividade e neutralidade à mensagem. 

Reconhecer quando o “se” atua dessa maneira é essencial para diferenciar construções impessoais de pronomes reflexivos, como em “Ele se cortou”, onde o sentido é completamente outro. 

Esse cuidado evita interpretações equivocadas e mostra domínio sobre a estrutura. Saber aplicar corretamente o sujeito indeterminado com “se” é uma habilidade valiosa, especialmente em redações que exigem clareza, precisão e objetividade.

Como saber se o sujeito é oculto ou indeterminado?

A diferença entre sujeito oculto e sujeito indeterminado pode parecer sutil, mas é fundamental para evitar confusões. O sujeito oculto é aquele que não aparece de forma explícita, mas pode ser identificado pelo contexto verbal. Um exemplo está em “Estudamos bastante hoje”. 

O pronome “nós” está implícito, pois a conjugação do verbo revela o agente da ação. Já o sujeito indeterminado ocorre quando não existe possibilidade de saber quem pratica o ato, mesmo com a análise do verbo. 

Frases como “Falaram sobre a prova” ou “Precisa-se de ajuda” não permitem identificar quem executou a ação. Uma dica prática é perguntar “Consegue-se descobrir o sujeito pelo verbo ou pelo contexto?”. 

Se a resposta for sim, trata-se de sujeito oculto. Se não for possível identificar, estamos diante de um sujeito indeterminado. Essa distinção fortalece a segurança na hora de interpretar enunciados e auxilia na escrita, já que evita construções ambíguas.

Dominar este conhecimento garante maior clareza e é uma vantagem em provas e redações que exigem precisão gramatical.

Quais são as três formas de indeterminar o sujeito?

O sujeito indeterminado pode ser construído de três formas principais, todas muito usadas em diferentes contextos. A primeira é com o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência ao agente como por exemplo em “Disseram que a prova foi longa”. Essa estrutura transmite generalização e mantém a objetividade. 

A segunda forma é com a partícula “se” acompanhada de verbo na terceira pessoa do singular, como em “Precisa-se de soluções rápidas”. Aqui, o “se” funciona como índice de indeterminação e destaca a ação sem revelar quem a pratica. Por fim, a terceira forma é o uso do infinitivo impessoal, muito comum em regras, instruções e orientações gerais. 

Exemplos incluem frases como “Estudar é necessário” ou “Trabalhar faz parte da vida”. Cada uma dessas estratégias cumpre uma função específica, mas todas reforçam a impessoalidade do enunciado. 

Dominar essas formas garante maior clareza na escrita e amplia a capacidade de interpretação. Esse conhecimento é especialmente útil em provas de vestibular e no ENEM, onde a gramática é uma ferramenta estratégica para alcançar bons resultados.

Como diferenciar sujeito indeterminado e sujeito inexistente?

O sujeito indeterminado e o sujeito inexistente representam conceitos distintos dentro da gramática. O sujeito indeterminado ocorre quando existe uma ação verbal, mas não se identifica quem a pratica. Frases como “Falaram sobre o assunto” ou “Precisa-se de voluntários” mostram esse uso, pois há uma ação, mas não se sabe quem a executou. 

Já o sujeito inexistente, também chamado de oração sem sujeito, aparece em situações em que não há agente possível. Isso acontece em fenômenos naturais, verbos que indicam tempo ou em construções com o verbo haver no sentido de existir, como em “Havia muitas pessoas na sala” ou “Choveu ontem”.

A diferença fundamental é que o sujeito indeterminado mantém a presença de um agente oculto ou irrelevante, enquanto no sujeito inexistente a própria estrutura verbal não admite sujeito.

Essa distinção é essencial para garantir análises corretas e evitar equívocos em provas de interpretação e gramática. Dominar esses conceitos torna a leitura mais precisa e ajuda a construir frases adequadas em redações, o que fortalece a clareza e a objetividade no uso da língua portuguesa.

Quais são as duas regras para o sujeito indeterminado?

O sujeito indeterminado pode ser construído de acordo com duas regras principais, que orientam seu uso em diferentes contextos.

A primeira regra envolve verbos na terceira pessoa do plural, sem referência explícita ao agente. Frases como “Disseram que o evento foi cancelado” exemplificam esse caso, em que a ação ocorre, mas não há identificação de quem a realizou. Esse recurso é útil para generalizar informações e manter um tom de objetividade.

A segunda regra utiliza a partícula “se” como índice de indeterminação, sempre acompanhada de verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação, conjugados na terceira pessoa do singular. 

Um exemplo clássico é “Precisa-se de profissionais qualificados”. Nesse caso, a estrutura cria uma ideia impessoal, reforçando que a ação não está associada a um sujeito específico.

Essas duas regras são essenciais para a compreensão do sujeito indeterminado. Saber aplicá-las corretamente garante maior segurança na escrita e interpretação.

Para estudantes que se preparam para o ENEM, dominar essas construções fortalece o desempenho em questões de gramática e contribui para a elaboração de textos claros e consistentes.

Conclusão

O estudo do sujeito indeterminado revela como a língua portuguesa oferece mecanismos precisos para dar objetividade e clareza à comunicação.

Ao entender suas formas de uso, como a conjugação na terceira pessoa do plural, o emprego da partícula “se” e o infinitivo impessoal, o estudante amplia sua capacidade de interpretar textos e escrever de forma estratégica. 

Esse conhecimento também facilita a diferenciação em relação ao sujeito oculto e ao sujeito inexistente, pontos que costumam gerar dúvidas.

Treinar com exemplos práticos transforma a teoria em habilidade aplicada, o que fortalece tanto a redação quanto a análise gramatical. Dominar esse recurso garante segurança em provas e permite construir frases coesas e objetivas com o sujeito indeterminado.

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Flavia Piza
Oii! Muito prazer, eu sou a Flávia, a copywriter aqui na Linha por Linha e trago dicas valiosas sobre o universo da redação do ENEM. Aqui no blog, você vai encontrar conteúdos que vão te ajudar a entender tudo sobre a prova, desde como funciona a correção até estratégias para melhorar sua escrita. E, claro, vai descobrir como a Linha por Linha pode ser sua melhor aliada na busca pela tão sonhada nota 1000. Bora aprender diferente?
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