Repertórios coringas para redação podem ser a chave para garantir uma argumentação sólida e elevar sua nota no ENEM. Todo ano, milhares de candidatos enfrentam o desafio de construir textos bem fundamentados, mas poucos sabem como utilizar referências universais que se encaixam em qualquer tema.
Isso acontece porque a maioria se concentra apenas em decorar citações e dados soltos, sem entender como usá-los estrategicamente. Imagine ter um conjunto de repertórios que se encaixam em qualquer proposta de redação, sem precisar gastar horas para decorar fatos específicos.
Essa é a estratégia inteligente que diferencia um texto comum de um texto bem estruturado. Vou te mostrar como isso funciona na prática e como aplicar repertórios versáteis para impressionar os corretores e conquistar uma nota alta.
O que é repertório Coringa?
O repertório coringa é uma referência cultural, histórica, filosófica ou científica que pode ser utilizada em qualquer tema de redação. Ele é versátil porque apresenta conceitos amplos, que podem ser adaptados para diferentes abordagens argumentativas.
Em vez de se limitar a um único assunto, ele permite criar conexões inteligentes entre o tema proposto e conhecimentos já consolidados.
Um dos maiores erros dos candidatos é acreditar que um repertório precisa ser extremamente específico. Pelo contrário! Os melhores exemplos são aqueles que possuem múltiplas interpretações e podem ser moldados de acordo com a proposta da redação.
Para isso, é importante escolher referências que dialoguem com temas centrais como desigualdade, tecnologia, ética, cidadania e direitos humanos.
Grandes filósofos, como Aristóteles, John Locke e Michel Foucault, sempre trazem conceitos sobre política, sociedade e liberdade, que são aplicáveis a inúmeras discussões. Da mesma forma, obras como “1984”, de George Orwell, e “Vigiar e Punir”, de Foucault, oferecem argumentos para temas ligados ao controle social, democracia e vigilância digital.
O segredo está em treinar o uso dessas referências em diferentes contextos e garantir que elas sejam aplicadas de forma pertinente ao tema.
O que citar em qualquer tema de redação?
Ao escolher um repertório para sua redação, é essencial que ele seja legítimo e relevante. Repertórios inválidos ou mal utilizados podem comprometer a argumentação e isso diminui a nota na competência 2. Por isso, a melhor estratégia é investir em referências amplas, que se encaixam em diferentes áreas do conhecimento.
Aqui estão algumas opções que podem ser utilizadas em praticamente qualquer tema:
- Constituição Federal de 1988: Um dos melhores repertórios coringas, pois garante direitos fundamentais como saúde, educação e igualdade.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH): Perfeita para argumentar sobre cidadania, justiça e direitos sociais.
- Filmes e livros clássicos: Obras como “1984” (George Orwell), “Admirável Mundo Novo” (Aldous Huxley) e “O Pequeno Príncipe” (Antoine de Saint-Exupéry) trazem reflexões sobre política, ética e relações humanas.
- Conceitos filosóficos: Aristóteles, Rousseau, Kant e Foucault sempre fornecem ideias fundamentais sobre moral, liberdade e sociedade.
- Dados científicos e tecnológicos: Estudos da ONU, IBGE e relatórios da UNESCO podem reforçar argumentações com embasamento estatístico.
O grande segredo está em conectar esses repertórios ao tema da redação de forma natural e coerente. Apenas mencionar uma referência não é suficiente, é preciso integrá-la ao argumento de forma estratégica.
Como fazer uma redação que se encaixa em qualquer tema?
O primeiro passo para produzir um texto que se encaixe em qualquer tema é dominar a estrutura da redação. O modelo clássico de introdução, desenvolvimento e conclusão pode ser adaptado para qualquer proposta, desde que você tenha repertórios bem planejados.
Aqui estão algumas estratégias essenciais:
- Introdução eficiente: Apresente a tese de forma clara e insira um repertório coringa já no primeiro parágrafo. Isso mostra domínio do tema e fortalece a argumentação.
- Desenvolvimento estruturado: Utilize pelo menos um repertório em cada parágrafo, sempre com relação com a ideia e com o tema da proposta. O ideal é trazer diferentes tipos de referências (filosóficas, jurídicas, literárias ou científicas).
- Conclusão estratégica: Retome o repertório usado na introdução e proponha uma solução coerente com o que foi discutido. Isso demonstra domínio argumentativo e articulação lógica.
Treinar esses elementos é a chave para criar uma redação versátil e bem fundamentada. O importante não é apenas conhecer bons repertórios, mas saber aplicá-los com inteligência e estratégia.
15 repertórios coringas para redação
Ter um conjunto de repertórios coringas para redação é a melhor maneira de se preparar para qualquer tema no ENEM. Em vez de memorizar citações aleatórias, o ideal é construir um repertório sólido, com referências que possam ser adaptadas a diferentes propostas.
Para isso, é essencial escolher conceitos amplos e atemporais, que dialoguem com temas recorrentes como direitos humanos, política, tecnologia e ética. Quando bem aplicados, esses repertórios demonstram maturidade argumentativa e garantem uma boa nota na competência 2.
A seguir, vamos apresentar dez repertórios indispensáveis para qualquer redação, começando por documentos fundamentais para a cidadania e a democracia. O primeiro deles é um marco histórico na luta pelos direitos fundamentais: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
1- Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), proclamada pela ONU em 1948, é um dos repertórios mais versáteis para redação. Esse documento estabelece princípios essenciais para garantir a dignidade humana, como liberdade, igualdade e justiça.
Ele pode ser utilizado para fundamentar temas ligados à desigualdade social, acesso à educação, liberdade de expressão e combate a preconceitos. Se o tema for relacionado a qualquer tipo de violação de direitos, a DUDH é um excelente ponto de partida.
Por exemplo, se a proposta trouxer algo sobre exclusão social, é possível argumentar que o artigo 1º da DUDH afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Esse trecho reforça a necessidade de políticas públicas para reduzir desigualdades.
A força desse repertório está na sua universalidade. Ele é um dos documentos mais citados em debates sobre justiça social e pode ser adaptado para praticamente qualquer tema, tornando-se um recurso indispensável para quem quer garantir uma argumentação sólida na redação.
2- Constituição Federal de 1988
A Constituição Federal de 1988 é um dos documentos mais importantes do Brasil e um dos melhores repertórios para reforçar argumentos na redação.
Conhecida como Constituição Cidadã, ela estabelece direitos fundamentais que podem ser usados para embasar qualquer discussão sobre garantias sociais, políticas públicas e deveres do Estado.
Seu grande diferencial é a força jurídica. Ao citar um artigo da Constituição, você mostra que sua argumentação tem respaldo legal, o que demonstra conhecimento e domínio do tema.
Se o tema envolver educação, por exemplo, o artigo 205 pode ser um ótimo recurso: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”.
Esse trecho pode ser utilizado para reforçar a importância de políticas educacionais e o impacto da escolaridade na redução das desigualdades.
Outro ponto importante é o artigo 5º, que garante liberdade de expressão, igualdade perante a lei e direito à vida e à segurança. Esse trecho pode ser aproveitado para temas sobre democracia, censura, violência urbana e direitos civis.
A versatilidade da Constituição faz dela um repertório poderoso. Saber como utilizá-la de forma estratégica pode ser a chave para criar argumentos bem fundamentados e conquistar uma nota alta.
3- Teoria do Contrato Social – Jean-Jacques Rousseau
A Teoria do Contrato Social, proposta por Jean-Jacques Rousseau no século XVIII, é um repertório essencial para discutir temas relacionados ao papel do Estado, cidadania e direitos coletivos.
Rousseau argumenta que a sociedade deve ser baseada em um acordo entre os cidadãos e o governo, onde o Estado tem a obrigação de garantir o bem-estar comum.
Esse conceito pode ser aplicado em diversas discussões, como a importância das políticas públicas, a necessidade de governos atuarem para reduzir desigualdades ou até o papel da democracia na manutenção da justiça social.
Se a proposta abordar algo sobre a relação entre indivíduo e Estado, é possível mencionar a ideia de “vontade geral”, que Rousseau define como o interesse coletivo acima dos interesses individuais.
Essa perspectiva pode ser usada para debater medidas governamentais que busquem o bem comum, como sistemas de saúde, educação pública e segurança social.
Além disso, a Teoria do Contrato Social ajuda a estruturar argumentos sobre a importância da participação popular nas decisões políticas. Em temas como a crise da democracia ou o papel do voto, essa referência reforça a necessidade de um governo que realmente represente a população.
Esse repertório é valioso porque permite discutir tanto direitos quanto deveres dos cidadãos e do Estado. Ele oferece um olhar crítico sobre a organização da sociedade e pode ser utilizado de forma eficaz para fundamentar diferentes temas na redação.
4- Panoptismo – Michel Foucault
O conceito de Panoptismo, desenvolvido pelo filósofo Michel Foucault, é um repertório extremamente versátil para redação, especialmente em temas que envolvem vigilância, controle social e tecnologia.
Inspirado no Panóptico, uma estrutura arquitetônica proposta por Jeremy Bentham no século XVIII para facilitar a vigilância em prisões, Foucault amplia essa ideia para explicar como o poder se manifesta na sociedade moderna.
Segundo ele, a sensação de estar sendo constantemente observado leva as pessoas a se comportarem de maneira disciplinada, mesmo que ninguém esteja realmente vigiando. Esse conceito se aplica a diversos cenários, como a censura nas redes sociais, a coleta de dados na internet e o monitoramento em ambientes públicos.
Se a proposta de redação abordar temas ligados à privacidade ou ao uso da tecnologia pelo Estado e por empresas, o Panoptismo pode ser uma ótima referência.
Por exemplo, ao discutir o impacto da internet na liberdade individual, é possível argumentar que o modelo de vigilância descrito por Foucault se materializa na coleta de informações feitas por algoritmos e sistemas de reconhecimento facial.
Esse repertório também pode ser usado para debater a normalização do controle social e como os indivíduos aceitam, muitas vezes sem perceber, a vigilância constante. No contexto atual, em que governos e corporações utilizam dados para influenciar comportamentos, o conceito de Foucault se mostra cada vez mais relevante.
5- Efeito Dunning-Kruger
O Efeito Dunning-Kruger é um fenômeno psicológico que descreve como pessoas com baixo nível de conhecimento sobre um assunto tendem a superestimar sua própria competência, enquanto aqueles que realmente dominam o tema costumam subestimar suas habilidades.
Esse repertório é útil para discutir desinformação, fake news, negacionismo científico e educação.
No ambiente digital, o efeito Dunning-Kruger se torna evidente em debates sobre saúde, política e ciência. Muitas pessoas, com pouca ou nenhuma base teórica, compartilham opiniões como se fossem especialistas, o que reforça a circulação de notícias falsas e crenças infundadas.
Esse efeito pode ser relacionado ao papel das redes sociais na disseminação da desinformação e à necessidade de um pensamento mais crítico e embasado.
Se o tema da redação abordar educação ou tomada de decisões baseadas em evidências, esse conceito pode ajudar a argumentar sobre a importância da formação intelectual para evitar que opiniões sem fundamento sejam tratadas como verdades absolutas.
Além disso, esse repertório pode ser aplicado a temas sobre o papel da mídia na construção do conhecimento coletivo. Em um mundo onde o acesso à informação é facilitado, mas nem sempre filtrado corretamente, o efeito Dunning-Kruger ressalta como a falta de conhecimento pode levar a julgamentos equivocados.
6- Hannah Arendt e a Banalidade do Mal
A filósofa Hannah Arendt introduziu o conceito de Banalidade do Mal para explicar como indivíduos comuns podem se tornar cúmplices de atrocidades sem perceberem a gravidade de seus atos. Esse repertório é essencial para discutir temas como autoritarismo, ética, obediência cega e responsabilidade individual na sociedade.
O conceito surgiu durante o julgamento de Adolf Eichmann, um dos responsáveis pela logística do Holocausto. Arendt observou que ele não parecia um monstro cruel, mas um burocrata que apenas seguia ordens sem questionar.
Isso levantou um alerta sobre como sistemas autoritários se mantêm. Isso significa não apenas pela figura de um líder, mas pela adesão passiva de muitas pessoas.
Esse repertório pode ser usado em temas sobre violência institucional, intolerância e injustiças sociais. Quando regras injustas são aceitas sem reflexão, cria-se um ambiente onde abusos acontecem com a participação indireta de muitas pessoas.
Se o tema envolver crimes de ódio, preconceito ou intolerância, esse conceito ajuda a argumentar que atitudes discriminatórias não surgem apenas de indivíduos extremamente mal-intencionados, mas também de ações passivas que reforçam o sistema opressor.
A Banalidade do Mal também pode ser aplicada a debates sobre o perigo da obediência cega e a necessidade do pensamento crítico na sociedade. Arendt nos alerta que questionar ordens e refletir sobre as consequências dos nossos atos é essencial para evitar que injustiças continuem acontecendo.
7- Pirâmide de Maslow
A Pirâmide de Maslow, proposta pelo psicólogo Abraham Maslow, é um modelo que explica a hierarquia das necessidades humanas. Esse repertório é extremamente útil para redações sobre desigualdade social, políticas públicas, desenvolvimento humano e qualidade de vida.
Maslow organizou as necessidades humanas em cinco níveis, que vão das mais básicas às mais complexas. No primeiro nível, estão necessidades fisiológicas como alimentação, água e sono. Em seguida, vem a segurança, que inclui moradia, emprego e saúde.
O terceiro nível trata das necessidades sociais, como pertencimento e afeto. O quarto envolve a estima, ligada ao reconhecimento e autoestima. No topo está a auto realização, que representa o desejo de alcançar o potencial máximo.
Essa estrutura pode ser usada para argumentar que a falta de acesso a direitos básicos impede o desenvolvimento pessoal e coletivo. Em temas sobre pobreza e desigualdade, pode-se destacar que um indivíduo que não tem moradia ou alimento dificilmente conseguirá se preocupar com educação e crescimento profissional.
Também é possível aplicar a Pirâmide de Maslow em discussões sobre saúde mental e bem-estar, além de reforçar a importância de políticas que garantam condições dignas para que as pessoas possam buscar realizações maiores. Esse repertório é versátil e pode fortalecer argumentos sobre qualidade de vida e impacto social.
8- Zygmunt Bauman e a Modernidade Líquida
Zygmunt Bauman é um dos principais pensadores da atualidade e sua teoria da Modernidade Líquida é um repertório fundamental para discutir relações sociais, tecnologia, consumo e identidade na era digital.
Segundo Bauman, a sociedade contemporânea se caracteriza pela instabilidade e fluidez, onde tudo muda rapidamente: relacionamentos, carreiras, valores e até a forma como as pessoas se percebem. Diferente das sociedades anteriores, onde as estruturas eram mais rígidas e previsíveis, hoje tudo é passageiro e incerto.
Esse conceito pode ser aplicado a diversos temas. Se a redação abordar tecnologia e redes sociais, é possível argumentar que a instantaneidade das interações torna as conexões humanas mais superficiais e descartáveis.
Se o tema for sobre mercado de trabalho, pode-se mencionar que as carreiras são cada vez menos estáveis, o que exige adaptação constante.
A Modernidade Líquida também é útil para refletir sobre ansiedade, consumo desenfreado e o excesso de informações na sociedade digital. O pensamento de Bauman ajuda a compreender como essa fluidez afeta a forma como as pessoas lidam com a vida, os valores e as relações sociais.
9- Efeito Estufa e Mudanças Climáticas
O Efeito Estufa é um fenômeno natural que mantém a temperatura da Terra estável. No entanto, ações humanas como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento intensificam esse processo, causando o aquecimento global.
Esse é um dos repertórios mais relevantes para discutir temas relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade e políticas ecológicas.
Quando gases como dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄) são lançados na atmosfera em grandes quantidades, eles impedem que o calor escape, resultando em mudanças climáticas drásticas. Isso leva a fenômenos como aumento do nível do mar, ondas de calor intensas e perda da biodiversidade.
Se a proposta de redação tratar sobre sustentabilidade e impacto ambiental, esse repertório pode ser usado para argumentar que a falta de políticas ambientais eficazes agrava a crise climática.
Também pode ser aplicado em discussões sobre responsabilidade coletiva e desenvolvimento sustentável. Isso destaca a importância da transição para energias limpas e práticas mais ecológicas.
Esse repertório é essencial para demonstrar conhecimento sobre os desafios ambientais do século XXI e pode ser um diferencial na argumentação de uma redação bem estruturada.
10- Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi um dos processos históricos mais impactantes da humanidade, transformando radicalmente a economia, a tecnologia e as relações de trabalho. Esse repertório é essencial para discutir temas como avanço tecnológico, desigualdade social, impacto ambiental e mudanças no mercado de trabalho.
O processo teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização da produção. As máquinas substituíram o trabalho manual, aumentando a produtividade, mas também gerando exploração da mão de obra, condições precárias e ampliação das desigualdades.
Essa transição provocou um crescimento acelerado das cidades; Isso gera desafios como favelização, falta de infraestrutura e problemas sanitários.
Esse repertório pode ser usado para argumentar que os avanços tecnológicos sempre trazem benefícios e desafios. Em debates sobre desemprego e automação, por exemplo, a Revolução Industrial serve para ilustrar como o progresso pode substituir certas profissões e exigir novas habilidades.
Se o tema abordar impactos ambientais, pode-se destacar que a industrialização intensificou a exploração dos recursos naturais. Isso contribui para problemas como poluição e mudanças climáticas.
A Revolução Industrial moldou a sociedade contemporânea. Isso continua a ser um ponto de referência para entender os desafios da era digital e das novas tecnologias.
11- Paradoxo da Tolerância – Karl Popper
O Paradoxo da Tolerância, formulado pelo filósofo Karl Popper, é um conceito essencial para discutir temas relacionados à democracia, liberdade de expressão, discurso de ódio e direitos humanos.
Segundo Popper, uma sociedade que se diz completamente tolerante pode acabar permitindo a propagação de ideologias intolerantes, que, com o tempo, podem destruir a própria tolerância. Ele argumenta que, para preservar uma sociedade livre, é necessário limitar a tolerância em relação a discursos e atitudes que pregam o ódio e a opressão.
Esse conceito pode ser usado em temas sobre polarização política, censura e o papel das redes sociais. Se a proposta abordar a liberdade de expressão, o Paradoxo da Tolerância pode ajudar a argumentar que esse direito não significa aceitar qualquer discurso.
No entanto, garante que opiniões não sejam usadas para justificar ataques e desrespeito a grupos sociais. Em debates sobre fake news e extremismo, esse repertório reforça a necessidade de regras e regulamentações que impeçam a propagação de ideias que minam a própria estrutura democrática.
O pensamento de Popper mostra que a democracia não pode ser ingênua e precisa se proteger contra discursos que buscam destruí-la.
12- Mal-Estar na Civilização – Sigmund Freud
O conceito de Mal-Estar na Civilização, desenvolvido por Sigmund Freud, é uma das melhores referências para abordar temas ligados a conflitos sociais, repressão, moralidade e saúde mental. Freud argumenta que a sociedade impõe restrições ao ser humano, gerando tensões entre desejos individuais e normas coletivas.
Segundo ele, os seres humanos possuem impulsos naturais que nem sempre podem ser expressos livremente, pois a convivência social exige limites. Essa repressão, no entanto, gera frustrações e ansiedades, que podem se manifestar de diversas formas, como agressividade, insatisfação e neuroses.
Esse repertório é útil para discutir pressões sociais, padrões impostos e o impacto da repressão no bem-estar emocional. Em temas sobre saúde mental, pode-se argumentar que muitas angústias da modernidade são resultado da necessidade de se encaixar em regras e expectativas sociais.
Também é possível usar essa teoria para debates sobre autoritarismo e controle social, destacando que quanto mais uma sociedade reprime desejos e expressões, maior tende a ser o nível de insatisfação coletiva. O pensamento de Freud continua como uma referência para entender como as normas sociais impactam a psique humana.
13- Hipótese da Espiral do Silêncio – Elisabeth Noelle-Neumann
A Espiral do Silêncio, formulada pela socióloga Elisabeth Noelle-Neumann, explica como a pressão social influencia a liberdade de expressão e a opinião pública. Esse conceito é essencial para debater censura, redes sociais, polarização política e comportamento coletivo.
A teoria sugere que as pessoas têm medo de isolamento e, por isso, evitam expressar opiniões que acreditam ser minoritárias ou impopulares. Isso gera um ciclo onde determinadas ideias ganham mais visibilidade, enquanto outras desaparecem por falta de apoio público.
Essa hipótese pode ser usada em temas sobre fake news e influência midiática. Em um cenário onde algoritmos das redes sociais impulsionam determinados discursos e abafam outros, muitas pessoas sentem receio de expressar ideias diferentes. Isso favorece a padronização de pensamentos e reforça bolhas ideológicas.
Também é possível aplicar esse repertório em discussões sobre democracia e liberdade de expressão, argumentando que a pluralidade de opiniões é essencial para evitar que apenas um grupo controle o debate público.
Quando uma sociedade não permite espaço para ideias divergentes, ocorre um empobrecimento do pensamento crítico e um risco de conformismo coletivo.
14- Sociedade do Espetáculo – Guy Debord
A teoria da Sociedade do Espetáculo, criada pelo filósofo Guy Debord, é um dos repertórios mais impactantes para analisar a mídia, o consumismo e a cultura de superficialidade na era digital.
Debord argumenta que, na sociedade contemporânea, a aparência se tornou mais importante do que a realidade. Tudo é transformado em espetáculo, e as pessoas são levadas a consumir imagens, ideias e produtos sem reflexão crítica.
Esse conceito se aplica perfeitamente às redes sociais, onde a busca por curtidas, seguidores e viralização redefine a forma como nos relacionamos e enxergamos o mundo.
Se a proposta da redação abordar cultura digital, influência da mídia ou consumismo, esse repertório pode ser um diferencial. Um bom argumento é que o excesso de exposição e a necessidade de aprovação social levam à construção de identidades artificiais, onde a vida real é moldada para se encaixar em padrões midiáticos.
Outro ponto relevante é a relação entre a Sociedade do Espetáculo e a manipulação de informações. Em tempos de desinformação e fake news, Debord nos alerta sobre como a realidade pode ser distorcida para atender a interesses específicos, tornando-se um produto de entretenimento mais do que um reflexo da verdade.
15- Indústria Cultural – Theodor Adorno e Max Horkheimer
A Indústria Cultural, conceito desenvolvido por Theodor Adorno e Max Horkheimer, é um dos repertórios mais sólidos para discutir a massificação da cultura, entretenimento e manipulação da informação.
Os filósofos argumentam que a cultura passou a ser tratada como uma mercadoria, onde o objetivo principal não é a reflexão crítica, mas o consumo passivo. Filmes, músicas e programas de TV são produzidos a partir de fórmulas repetitivas, que mantêm as pessoas entretidas, mas sem questionar as estruturas sociais.
Esse conceito pode ser usado em temas sobre alienação, superficialidade e padronização de pensamentos. Em debates sobre educação e formação crítica, é possível argumentar que a Indústria Cultural promove um conteúdo simplificado e homogêneo, que impede o desenvolvimento de um pensamento mais questionador.
Se a redação tratar sobre redes sociais e influência midiática, esse repertório pode ser aplicado para criticar a forma como os algoritmos reforçam padrões de comportamento e limitam o acesso a conteúdos diversificados.
O pensamento de Adorno e Horkheimer é essencial para entender como o entretenimento pode ser usado como ferramenta de controle social.
Qual é a citação mais usada?
Quando se trata de repertórios coringas para redação, algumas citações são amplamente utilizadas por sua versatilidade e aplicabilidade a diferentes temas. No ENEM, um dos nomes mais recorrentes é Paulo Freire, educador brasileiro e autor de frases impactantes sobre educação e transformação social.
Uma das citações mais utilizadas é: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Essa frase pode ser aplicada a praticamente qualquer tema relacionado a desigualdade, cidadania, democracia e políticas públicas.
Outra referência muito comum é George Orwell, especialmente com a frase: “Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado”, retirada do livro 1984. Essa ideia é extremamente útil para discutir manipulação da informação, fake news, autoritarismo e censura.
Citações filosóficas também são frequentemente utilizadas. Aristóteles, por exemplo, afirma que “O homem é um animal político”, conceito que pode ser inserido em temas sobre participação social e política.
O segredo não está apenas em escolher uma citação conhecida, mas em usá-la de forma estratégica e bem contextualizada dentro do argumento. Quando aplicada corretamente, uma boa referência pode fortalecer a tese e mostrar domínio sobre o tema
Quais referências coringas para usar na redação do Enem?
Escolher repertórios coringas para redação é essencial para garantir um argumento sólido em qualquer tema. Algumas referências se destacam por sua aplicabilidade ampla e relevância social.
- Constituição Federal de 1988: Fundamental para argumentar sobre direitos humanos, educação, saúde e democracia.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): Base para temas sobre cidadania, igualdade e justiça social.
- Pirâmide de Maslow: Perfeita para discussões sobre desigualdade social e qualidade de vida.
- Zygmunt Bauman e a Modernidade Líquida: Aplicável a debates sobre redes sociais, identidade e consumismo.
- Paradoxo da Tolerância – Karl Popper: Ideal para argumentar sobre liberdade de expressão e discurso de ódio.
- Michel Foucault e o Panoptismo: Excelente para temas ligados à vigilância, controle social e privacidade digital.
- Efeito Dunning-Kruger: Pode ser usado para discutir desinformação e pensamento crítico.
- Sociedade do Espetáculo – Guy Debord: Forte para argumentar sobre cultura midiática e superficialidade.
O segredo é treinar o uso dessas referências para que sejam inseridas naturalmente no texto, sem parecer forçado ou decorado. Um repertório bem utilizado pode elevar a nota da redação e demonstrar profundidade na argumentação.
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Conclusão
Os repertórios coringas para redação são ferramentas indispensáveis para quem busca uma argumentação sólida e bem fundamentada. Mais do que decorar referências, o segredo está em saber usá-las estrategicamente para fortalecer a tese e demonstrar domínio sobre o tema.
A prática constante e um treinamento direcionado fazem toda a diferença no caminho para a nota máxima. Com correções detalhadas e um plano de evolução estruturado, é possível aprimorar a escrita de forma eficiente e alcançar um desempenho excepcional.
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