Função dos Conectivos na Redação
Definição de Conectivos
Os conectivos são palavras ou expressões responsáveis por estabelecer relações de sentido entre as ideias dentro de um texto. Eles funcionam como verdadeiras “pontes” que conectam orações, frases e parágrafos, garantindo uma organização lógica e estruturada. Na redação do ENEM, o uso adequado de conectivos é fundamental para demonstrar domínio da coesão textual, um dos critérios avaliados pela banca.
Esses elementos linguísticos ajudam a construir um texto mais coerente, permitindo que o leitor compreenda a progressão das ideias sem confusões. Portanto, conhecer os diferentes tipos de conectivos e usá-los de forma estratégica pode ser o diferencial entre uma redação comum e uma que alcance uma nota 1.000.
Papel na Coesão Textual
A coesão textual é essencial para que as ideias de um texto sejam articuladas de forma clara e lógica. Nesse contexto, os conectivos exercem um papel indispensável, pois garantem a ligação entre diferentes partes do texto. Eles ajudam a evitar repetições desnecessárias, promovem transições suaves entre as frases e reforçam a organização das informações.
Sem conectivos, o texto pode se tornar fragmentado, prejudicando a experiência de leitura. Por outro lado, ao utilizá-los corretamente, o estudante demonstra habilidade em estruturar argumentos sólidos e articulados, o que é um ponto crucial na competência 4 da redação do ENEM.
Impacto na Clareza e Fluidez do Texto
Além da coesão, os conectivos são indispensáveis para garantir a clareza e a fluidez do texto. Eles ajudam a guiar o leitor ao longo da argumentação, evitando ambiguidades e lapsos de compreensão. Uma redação com boa fluidez permite que as ideias sejam transmitidas de forma lógica, sem que o leitor precise reler para entender o raciocínio.
Assim, o uso estratégico de conectivos faz com que a transição entre os parágrafos seja natural, o que reflete diretamente na qualidade do texto. Quanto mais claro e fluido for o texto, maiores serão as chances de o estudante obter uma pontuação elevada.
Tipos de Conectivos
Conectivos de Adição
Os conectivos de adição são usados para introduzir informações complementares, ampliando o sentido do que foi apresentado. Exemplos incluem: “além disso”, “também”, “ademais”, “outrossim” e “inclusive”. Esses conectivos são úteis para fortalecer argumentos, adicionando novas perspectivas ao tema abordado.
Por exemplo: “A educação é essencial para o desenvolvimento social. Além disso, é um direito garantido pela Constituição Federal.” Essa transição reforça a ideia inicial, ampliando sua relevância.
Conectivos de Oposição
Os conectivos de oposição são utilizados para introduzir ideias contrárias ou contrastantes. Entre os mais comuns, destacam-se: “porém”, “entretanto”, “contudo”, “todavia” e “mas”. Esses elementos são cruciais para equilibrar a argumentação, apresentando pontos de vista diferentes.
Por exemplo: “O avanço tecnológico trouxe inúmeros benefícios. Entretanto, também intensificou as desigualdades sociais.” Nesse caso, o conectivo sublinha a oposição entre progresso e desigualdade.
Conectivos de Causa e Consequência
Para demonstrar relações de causa e efeito, os conectivos de causa e consequência são fundamentais. Exemplos incluem: “porque”, “visto que”, “portanto”, “logo”, “assim” e “por conseguinte”. Eles ajudam a sustentar argumentos e a mostrar uma relação lógica entre os fatos.
Por exemplo: “A evasão escolar cresceu significativamente porque os investimentos em educação foram reduzidos. Consequentemente, a desigualdade educacional se agravou.” A escolha adequada desses conectivos torna a argumentação mais persuasiva.
Conectivos de Conclusão
Os conectivos de conclusão são usados para finalizar um raciocínio ou reforçar uma ideia. Entre os mais comuns, estão: “portanto”, “em resumo”, “concluindo”, “assim” e “dessa forma”. Eles ajudam a encerrar o texto de forma coesa, retomando os principais pontos discutidos.
Por exemplo: “A sustentabilidade é essencial para garantir o futuro das próximas gerações. Dessa forma, é urgente implementar políticas públicas que promovam o uso consciente dos recursos naturais.”
Conectivos de Tempo
Os conectivos de tempo são empregados para indicar a relação cronológica entre os eventos. Exemplos incluem: “antes”, “depois”, “enquanto”, “logo que”, “quando” e “ao mesmo tempo”. Esses conectivos são especialmente úteis para descrever processos ou estabelecer sequências temporais.
Por exemplo: “Os estudantes devem revisar suas redações antes de enviá-las. Depois, é importante avaliar as sugestões de melhoria.” Essa relação temporal organiza os passos a serem seguidos.
Uso Estratégico dos Conectivos
Articulação entre Parágrafos
A articulação entre parágrafos é essencial para garantir que o texto apresente uma progressão lógica e coesa. Nesse contexto, os conectivos desempenham um papel crucial, pois criam uma transição fluida entre as partes do texto. Expressões como “em contrapartida”, “além disso”, “de forma semelhante” e “por outro lado” ajudam a relacionar os argumentos, mantendo a coerência da redação.
Por exemplo, ao finalizar um parágrafo que expõe um problema e iniciar outro que apresenta uma solução, o uso de um conectivo como “portanto” ou “nesse sentido” auxilia o leitor a perceber a conexão entre as ideias, resultando em uma leitura mais natural e articulada.
Conexão de Ideias dentro dos Parágrafos
A conexão de ideias dentro dos parágrafos é outro aspecto fundamental para a qualidade do texto. Conectivos como “porque”, “assim como”, “por exemplo” e “logo” auxiliam na construção de argumentos consistentes ao relacionar informações de forma clara e objetiva. Essa prática evita que o texto fique fragmentado ou com lacunas que prejudiquem a compreensão.
Por exemplo: “A educação é uma ferramenta poderosa de transformação social, porque promove igualdade de oportunidades. Por exemplo, programas de incentivo à leitura em comunidades carentes têm mostrado resultados positivos na formação cidadã.” Essa organização interna, com conectivos bem aplicados, reforça a coesão e mantém o leitor engajado.
Reforço da Argumentação
Os conectivos são indispensáveis para o reforço da argumentação, pois permitem expandir ou esclarecer as ideias apresentadas. Termos como “além disso”, “com efeito”, “por conseguinte” e “não obstante” ajudam a enriquecer o texto, oferecendo diferentes perspectivas e aumentando a persuasão da tese defendida.
Por exemplo: “O desmatamento causa impactos irreversíveis no meio ambiente. Além disso, prejudica comunidades indígenas que dependem das florestas para sua sobrevivência. Com efeito, é essencial que políticas públicas mais rigorosas sejam implementadas para conter esse problema.” Esses conectivos fortalecem o argumento ao apresentar causas, consequências e possíveis soluções.
Conectivos na Introdução
Estabelecendo o Tema
Ao iniciar a redação, é fundamental que o tema seja introduzido de maneira clara e objetiva, utilizando conectivos que sinalizem a delimitação do assunto. Expressões como “diante disso”, “nesse contexto” e “em relação a” ajudam a preparar o leitor para o desenvolvimento das ideias.
Por exemplo: “O aumento da desigualdade social é um dos grandes desafios do Brasil. Nesse contexto, a má distribuição de renda tem sido apontada como uma das principais causas desse problema.” Assim, o uso de conectivos no início do texto demonstra segurança na abordagem do tema e facilita o entendimento por parte do leitor.
Apresentando a Tese
A apresentação da tese deve ser direta e acompanhada de conectivos que introduzam a opinião ou posicionamento do autor. Palavras como “portanto”, “assim sendo”, “dessa forma” e “logo” são ideais para conectar a introdução do tema com o ponto de vista que será defendido.
Por exemplo: “A democratização da tecnologia tem potencial para reduzir a desigualdade educacional. Assim sendo, é necessário investir em políticas públicas que promovam o acesso à internet e dispositivos eletrônicos para estudantes de baixa renda.” Essa estrutura com conectivos indica ao leitor o caminho argumentativo que será seguido.
Indicando a Estrutura do Texto
A indicação da estrutura do texto é uma estratégia que facilita a leitura e demonstra organização. Conectivos como “primeiramente”, “em segundo lugar”, “por fim”, e “de maneira geral” são amplamente utilizados para delimitar as partes da redação e sinalizar o encadeamento das ideias.
Por exemplo: “Os desafios da mobilidade urbana podem ser analisados sob três perspectivas principais. Primeiramente, a falta de investimentos em transporte público compromete a eficiência dos deslocamentos. Além disso, o crescimento desordenado das cidades agrava o problema. Por fim, é necessário discutir a conscientização sobre o uso de transportes sustentáveis.” Essa abordagem, além de clara, orienta o leitor ao longo do texto.
Conectivos no Desenvolvimento
Introduzindo Argumentos
Ao introduzir argumentos em uma redação, é fundamental utilizar conectivos apropriados para orientar o leitor e indicar o início de uma nova ideia ou ponto de vista. Expressões como “em primeiro lugar”, “um aspecto relevante é”, “vale destacar que” e “é importante mencionar” ajudam a apresentar argumentos de forma clara e estruturada.
Por exemplo: “A educação básica no Brasil enfrenta sérios desafios. Em primeiro lugar, a falta de investimento público compromete a qualidade do ensino oferecido. Além disso, a desvalorização dos professores contribui para a queda no desempenho dos alunos.” O uso desses conectivos garante que os argumentos sejam expostos de maneira lógica e coesa.
Relacionando Exemplos
Para reforçar os argumentos, o uso de exemplos concretos é indispensável. Conectivos como “por exemplo”, “como se pode observar”, “como ilustração” e “tal como” são úteis para introduzir casos específicos que validam o ponto de vista apresentado.
Por exemplo: “A desigualdade educacional pode ser observada em diversas regiões do Brasil. Por exemplo, em comunidades carentes, é comum que escolas não tenham acesso a recursos básicos, como livros e laboratórios. Como ilustração, dados do IBGE mostram que cerca de 40% das escolas públicas não possuem acesso à internet.” Essa prática torna o texto mais persuasivo e informativo.
Estabelecendo Comparações
Estabelecer comparações é uma estratégia eficaz para evidenciar diferenças ou semelhanças entre ideias, fortalecendo a argumentação. Conectivos como “em comparação a”, “de forma semelhante”, “por outro lado” e “assim como” permitem que o estudante contraste ou relacione informações de forma clara.
Por exemplo: “A educação pública enfrenta desafios que não estão presentes na rede privada. Por outro lado, as escolas privadas, em geral, possuem maior acesso a recursos tecnológicos, o que potencializa a aprendizagem. De forma semelhante, países desenvolvidos priorizam a infraestrutura escolar como pilar para o sucesso educacional.” Essas comparações enriquecem o texto e mostram domínio sobre o tema.
Conectivos na Conclusão
Sinalizando o Fechamento
Sinalizar o fechamento de um parágrafo ou do texto como um todo é essencial para indicar ao leitor que a ideia será concluída. Conectivos como “dessa forma”, “em síntese”, “portanto” e “assim sendo” são ideais para esse propósito, ajudando a encerrar o raciocínio de maneira coesa.
Por exemplo: “A falta de investimento em educação é um problema grave que impacta diretamente o futuro do país. Assim sendo, é urgente que políticas públicas sejam implementadas para garantir uma educação de qualidade. Em síntese, a superação desse desafio depende de um esforço coletivo entre governo e sociedade.” Esses conectivos fortalecem a conclusão e dão um tom de fechamento ao texto.
Retomando a Tese
Retomar a tese é uma etapa crucial no desenvolvimento da conclusão, pois reforça a ideia central do texto. Conectivos como “em vista disso”, “retomando o ponto central”, “reafirmando a ideia” e “como discutido anteriormente” ajudam a reforçar o posicionamento do autor de forma consistente.
Por exemplo: “A democratização do acesso à educação de qualidade é fundamental para o desenvolvimento do país. Em vista disso, é essencial que medidas concretas sejam tomadas para garantir igualdade de oportunidades. Retomando o ponto central, somente através da educação será possível reduzir a desigualdade social e construir uma sociedade mais justa.” Essa prática garante que a conclusão esteja alinhada com os argumentos apresentados.
Introduzindo a Proposta de Intervenção
Na redação do ENEM, a proposta de intervenção deve ser introduzida de forma clara e objetiva, utilizando conectivos que indiquem a apresentação de uma solução. Expressões como “para solucionar esse problema”, “é necessário que”, “uma possível solução seria” e “nesse sentido” são fundamentais para introduzir a proposta.
Por exemplo: “Para solucionar o problema da evasão escolar, é necessário que o governo invista em programas de incentivo à permanência dos alunos nas escolas. Uma possível solução seria a criação de bolsas de estudo e programas de apoio psicológico para estudantes em situação de vulnerabilidade.” O uso desses conectivos garante que a proposta esteja bem articulada com o restante do texto.
Erros Comuns no Uso de Conectivos
Repetição Excessiva
A repetição excessiva de conectivos é um dos erros mais comuns cometidos por estudantes ao escrever uma redação. Usar repetidamente conectivos como “e”, “portanto” ou “assim” pode tornar o texto monótono e comprometer a qualidade da escrita. Isso demonstra falta de repertório linguístico, algo que pode impactar negativamente na avaliação da competência 4 do ENEM, que avalia a coesão.
Por exemplo, em vez de repetir “portanto” ao longo do texto, é possível alternar com expressões equivalentes, como “logo”, “assim sendo” ou “dessa forma”. Essa variedade não só enriquece o texto como também evidencia o domínio de diferentes recursos coesivos.
Uso Inadequado ao Contexto
Outro erro recorrente é o uso inadequado de conectivos ao contexto, o que pode prejudicar o sentido da redação. Por exemplo, utilizar um conectivo de adição, como “além disso”, para apresentar uma ideia de oposição demonstra falta de atenção ao significado das expressões. Isso pode gerar confusão no leitor e comprometer a clareza.
Para evitar esse problema, é essencial compreender o propósito de cada tipo de conectivo. Antes de incluir uma palavra de ligação, o estudante deve se perguntar: “Essa expressão reflete a relação que quero estabelecer entre as ideias?” Dessa forma, erros de contexto podem ser minimizados.
Omissão de Conectivos Necessários
A omissão de conectivos necessários pode tornar o texto fragmentado, dificultando a compreensão do raciocínio. Quando os conectivos são deixados de lado, o leitor precisa deduzir as conexões entre as ideias, o que compromete a coesão textual e pode causar prejuízo à nota final.
Por exemplo, em vez de escrever: “A educação é essencial. Garante igualdade de oportunidades.”, é mais adequado utilizar: “A educação é essencial, pois garante igualdade de oportunidades.” O conectivo “pois” adiciona fluidez ao texto e torna a relação entre as frases explícita.
Variedade de Conectivos
Ampliando o Repertório
Ampliar o repertório de conectivos é uma das melhores formas de evitar repetições e erros de coesão. Estudantes que possuem um vocabulário diversificado conseguem variar as expressões, tornando o texto mais rico e interessante. Para isso, é importante estudar conectivos pouco utilizados, como “conquanto”, “em face de” e “não obstante”, que podem impressionar a banca avaliadora quando usados corretamente.
Uma estratégia eficaz é criar listas de conectivos organizados por tipo, como adição, oposição e conclusão, e treinar seu uso em redações práticas. Assim, no dia da prova, será mais fácil lembrar e aplicar essas palavras de maneira natural e eficiente.
Substituições para Evitar Repetições
A variedade de conectivos é essencial para evitar que a redação se torne repetitiva e monótona. Usar as mesmas palavras de ligação ao longo do texto demonstra uma limitação no repertório linguístico e pode prejudicar a avaliação da competência 4 do ENEM, que analisa a coesão textual. Para evitar esse problema, é importante buscar alternativas e sinônimos para os conectivos mais comuns.
Por exemplo, em vez de repetir frequentemente “portanto”, o estudante pode variar com conectivos equivalentes, como “logo”, “assim sendo”, “por conseguinte” ou “dessa forma”. Da mesma maneira, conectivos de oposição como “mas” podem ser substituídos por “porém”, “entretanto”, “todavia” ou “no entanto”. Essa substituição não só enriquece o texto, mas também evidencia um domínio mais amplo da linguagem.
Conectivos Formais e Informais
Para evitar a repetição de conectivos, é possível fazer substituições com sinônimos ou expressões equivalentes. Por exemplo, em vez de repetir “portanto”, pode-se usar “assim sendo”, “logo”, “dessa forma” ou “por conseguinte”. Essa variedade demonstra domínio linguístico e melhora a fluidez do texto.
Outra alternativa é reformular a construção da frase para eliminar o uso de conectivos desnecessários. Por exemplo, em vez de dizer: “A educação é importante. Além disso, é um direito fundamental.”, pode-se reescrever como: “A educação, que é um direito fundamental, é de suma importância.” Assim, o texto fica mais conciso e elegante.
Conectivos e Competências do ENEM
Relação com a Competência I (Norma Culta)
A Competência I da redação do ENEM avalia o domínio da norma culta da língua portuguesa, e o uso correto dos conectivos é um dos indicadores de que o estudante possui essa habilidade. Conectivos mal aplicados, fora do contexto ou escritos de maneira inadequada podem demonstrar desconhecimento das regras gramaticais, impactando negativamente a avaliação.
Por exemplo, um erro comum é a confusão entre os conectivos “onde” e “em que”, ou entre “porque” e “por que”. Essas falhas prejudicam a construção da frase e podem dar a impressão de que o candidato não domina os aspectos formais da língua. Por isso, é fundamental conhecer o significado e o uso correto de cada conectivo, garantindo a aplicação adequada dentro das normas gramaticais.
Impacto na Competência III (Coerência)
A Competência III, que avalia a coerência, está diretamente ligada ao uso estratégico dos conectivos, pois eles são responsáveis por estabelecer a relação lógica entre as ideias. Quando um conectivo é utilizado de forma errada ou está ausente em um momento necessário, a ligação entre os argumentos pode se perder, tornando o texto confuso e incoerente.
Por exemplo, em uma redação que discute causas e consequências de um problema, o uso de conectivos como “porque”, “portanto” e “assim” é essencial para estabelecer essa relação. Sem esses elementos, a progressão das ideias fica prejudicada, e o leitor pode ter dificuldade em acompanhar o raciocínio do autor. Conectivos bem aplicados ajudam a garantir que as informações estejam alinhadas e contribuam para uma argumentação consistente.
Relevância para a Competência IV (Coesão)
A Competência IV avalia a capacidade do estudante de construir um texto coeso, ou seja, com uma progressão fluida e bem articulada entre as partes. Nesse sentido, os conectivos são indispensáveis, pois funcionam como “fios condutores” que unem os parágrafos e orações, evitando rupturas no texto.
Por exemplo, em um texto que apresenta uma proposta de intervenção, conectivos como “para isso”, “nesse sentido” ou “com o objetivo de” são essenciais para introduzir as soluções e ligá-las aos problemas apresentados anteriormente. Além disso, a variedade no uso dos conectivos mostra domínio da língua e ajuda a evitar repetições que possam comprometer a coesão textual.
Prática e Aperfeiçoamento
Exercícios de Uso de Conectivos
Para aprimorar o uso de conectivos, é importante realizar exercícios práticos que simulem a construção de parágrafos coesos e articulados. Uma sugestão é criar frases ou trechos curtos que utilizem diferentes tipos de conectivos, como os de adição, oposição e conclusão, para treinar suas aplicações em contextos variados.
Outra atividade eficaz é reescrever trechos de redações sem conectivos, adicionando palavras de ligação para melhorar a coesão. Por exemplo, transforme: “A educação é importante. Garante o futuro do país.” em “A educação é importante, pois garante o futuro do país.” Esse tipo de exercício ajuda a fixar o uso correto e estratégico dos conectivos.
Análise de Redações Modelo
Estudar redações nota 1.000 do ENEM é uma excelente maneira de compreender o uso eficaz dos conectivos. Ao analisar esses textos, é possível identificar como os candidatos utilizam palavras de ligação para articular ideias e construir uma argumentação sólida. Observe a variedade de conectivos empregados e como eles garantem uma transição suave entre as partes do texto.
Por exemplo, em uma redação modelo, conectivos como “não obstante”, “portanto” e “além disso” são frequentemente utilizados para estabelecer relações de contraste, conclusão e adição. Incorporar essas estratégias na sua própria escrita pode fazer toda a diferença para alcançar uma pontuação elevada.
Técnicas de Revisão Focada em Conectivos
Uma revisão detalhada da redação com foco nos conectivos é essencial para garantir a coesão e a coerência do texto. Durante a revisão, identifique se cada parágrafo está bem conectado ao próximo e se os conectivos utilizados refletem corretamente as relações entre as ideias. Pergunte-se: “O conectivo aqui reforça a lógica do meu argumento?”
Outra técnica é substituir conectivos repetidos por sinônimos ou expressões equivalentes para enriquecer o texto. Por exemplo, em vez de usar “além disso” várias vezes, experimente alternar com “ademais”, “outrossim” ou “também”. Essa prática melhora a fluidez do texto e demonstra domínio da linguagem formal.
As pessoas também perguntam
Quais são os conectivos mais importantes para a redação do ENEM?
Os conectivos mais importantes para a redação do ENEM são aqueles que promovem uma articulação clara entre as ideias e ajudam a organizar os argumentos. Entre eles, destacam-se os conectivos de adição (como “além disso”, “também”, “outrossim”), de oposição (como “porém”, “entretanto”, “todavia”), de causa e consequência (como “portanto”, “assim”, “por conseguinte”) e de conclusão (como “dessa forma”, “em síntese”, “assim sendo”). Esses conectivos ajudam a construir um texto fluido e coeso, o que é essencial para uma boa avaliação.
Além disso, conectivos que indicam exemplificação (“por exemplo”, “como ilustração”) ou comparação (“de forma semelhante”, “assim como”) também são bastante úteis, pois reforçam os argumentos e mostram domínio do tema. O uso correto desses conectivos pode ser o diferencial para demonstrar maturidade na escrita e alcançar uma nota alta na competência 4 (coesão).
Como usar conectivos sem parecer forçado ou artificial?
Para usar conectivos sem parecer forçado ou artificial, é importante que eles estejam integrados naturalmente ao contexto do texto. Uma dica é priorizar conectivos que realmente reflitam a relação lógica entre as ideias, evitando o uso excessivo de palavras apenas por parecerem sofisticadas. Por exemplo, em vez de usar “não obstante” de forma desnecessária, opte por conectivos mais simples, como “mas” ou “entretanto”, quando a ideia for apenas contrastar.
Outra estratégia é variar a construção das frases. Em vez de iniciar todos os parágrafos com um conectivo, experimente usá-los no meio da frase, como em: “A educação enfrenta desafios graves, mas ainda é uma ferramenta essencial para reduzir desigualdades.” Isso mantém a fluidez do texto e evita que o uso dos conectivos soe repetitivo ou mecânico.
É possível usar muitos conectivos na redação do ENEM?
Embora o uso de conectivos seja essencial para garantir a coesão textual, utilizá-los em excesso pode deixar o texto pesado e redundante. Um texto repleto de conectivos pode parecer artificial, dando a impressão de que o autor tentou “encher” a redação para demonstrar domínio da linguagem. O ideal é usar conectivos de forma estratégica, apenas quando necessário para articular as ideias.
Por exemplo, em um parágrafo de desenvolvimento, não é preciso introduzir todas as frases com conectivos. Em vez disso, priorize os momentos em que eles são indispensáveis para criar transições claras ou relacionar argumentos. Dessa forma, o texto mantém a fluidez sem comprometer a naturalidade da escrita.
Qual a diferença entre conectivos e marcadores textuais?
Os conectivos são palavras ou expressões que estabelecem relações lógicas entre as ideias do texto, como “porque”, “portanto”, “além disso” e “entretanto”. Já os marcadores textuais possuem uma função mais ampla, incluindo palavras, expressões ou até mesmo estruturas que ajudam a organizar o texto, como “em primeiro lugar”, “nesse sentido”, ou “vale destacar que”.
Em resumo, todos os conectivos são marcadores textuais, mas nem todos os marcadores textuais são conectivos. Entender essa diferença é importante para diversificar os recursos coesivos utilizados no texto e demonstrar um repertório linguístico rico.
Como os conectivos afetam a nota na competência de coesão?
Os conectivos têm um impacto direto na competência 4 da redação do ENEM, que avalia a coesão. Essa competência analisa como as ideias estão conectadas e se o texto apresenta uma progressão lógica. O uso correto e variado de conectivos contribui para um texto mais fluido, articulado e bem estruturado, o que pode garantir uma pontuação elevada nessa categoria.
Por outro lado, a ausência ou o uso inadequado de conectivos pode prejudicar a nota, já que compromete a ligação entre os argumentos e a clareza do texto. Para atingir a pontuação máxima, o estudante deve demonstrar domínio das ferramentas de coesão, empregando conectivos adequados para relacionar as ideias de forma natural e eficaz.