Repetição Excessiva
Uso Recorrente do Mesmo Conectivo
Um dos erros mais comuns no uso de conectivos na redação do ENEM é a repetição excessiva de uma mesma palavra ou expressão. Por exemplo, o uso constante de conectivos como “além disso”, “então” ou “mas” ao longo do texto pode tornar a redação monótona e previsível, prejudicando a fluidez e a coerência. A falta de variação vocabular demonstra um domínio limitado das estratégias argumentativas e pode levar o corretor a subestimar a capacidade do aluno de elaborar ideias de forma criativa e eficiente.
Para evitar esse erro, é fundamental que o estudante amplie seu repertório de conectivos e esteja atento à adequação de cada um ao contexto. Substituir expressões repetitivas por alternativas como “outrossim”, “portanto”, “todavia” ou “de maneira similar” ajuda a enriquecer o texto e torna o desenvolvimento argumentativo mais interessante e fluido.
Falta de Variação Vocabular
A ausência de diversidade no uso de conectivos reflete limitações no vocabulário e dificulta a criação de uma redação envolvente. Quando o texto apresenta repetições frequentes, a impressão transmitida ao corretor é de um trabalho pouco trabalhado ou automatizado, o que pode impactar diretamente na nota da competência de domínio da modalidade escrita.
Para corrigir isso, o estudante deve explorar conectivos menos usuais, adaptando-os às relações que deseja estabelecer no texto. Por exemplo, em vez de usar sempre “e”, pode-se utilizar “bem como”, “não apenas… mas também” ou “além de”. Essa diversidade não só demonstra domínio linguístico, mas também favorece uma argumentação mais rica e articulada.
Impacto na Fluidez do Texto
A escolha inadequada ou repetitiva de conectivos pode comprometer a fluidez do texto, deixando-o truncado ou difícil de seguir. Um texto bem estruturado deve encadear as ideias de maneira lógica e natural, facilitando a leitura e a compreensão por parte do corretor. Conectivos mal utilizados geram interrupções ou desvios no fluxo das ideias, prejudicando a experiência de leitura.
A solução para melhorar a fluidez está no planejamento do texto antes da escrita. Refletir sobre quais conectivos se ajustam melhor a cada momento argumentativo e evitar sua repetição em demasia ajuda a construir um texto mais coeso e agradável de ler.
Escolha Inadequada
Conectivos que Não Expressam a Relação Desejada
Outro erro frequente ocorre quando o estudante utiliza um conectivo que não reflete adequadamente a relação entre as ideias apresentadas. Por exemplo, empregar “entretanto” em uma frase que deveria apresentar uma ideia de causa ou explicação, como “pois” ou “porque”, pode confundir o leitor e prejudicar o entendimento da argumentação.
Para evitar esse tipo de problema, o estudante deve compreender profundamente o significado e o propósito de cada conectivo. Usar conectivos como “consequentemente”, “de modo que” ou “assim sendo” nos contextos apropriados demonstra maturidade na construção textual e eleva a qualidade da argumentação.
Contradições Lógicas
Conectivos mal empregados podem levar a contradições lógicas, minando a clareza e a consistência do texto. Por exemplo, usar “porém” para introduzir uma ideia que não se opõe à anterior cria confusão na interpretação do argumento. Essas falhas não só dificultam o entendimento, mas também comprometem a nota de competências como coesão e progressão textual.
Para evitar contradições, o aluno deve revisar cuidadosamente o texto, verificando se os conectivos usados reforçam ou contradizem o que foi escrito anteriormente. Além disso, fazer um rascunho antes de redigir a versão final permite ajustar a lógica do texto de forma mais eficiente.
Prejuízo à Clareza da Argumentação
O uso inadequado de conectivos pode prejudicar a clareza da argumentação, deixando o texto confuso ou incoerente. Quando as relações entre as ideias não estão bem explicitadas, o corretor pode ter dificuldade em compreender o ponto de vista do autor, o que impacta diretamente na nota final da redação.
Para evitar esse problema, é essencial que o estudante se pergunte: “Esse conectivo realmente expressa a relação que quero estabelecer?”. Fazer esse tipo de análise crítica durante a escrita garante que o texto mantenha uma estrutura coerente e clara, facilitando a leitura e valorizando os argumentos apresentados.
Uso Desnecessário
Excesso de Conectivos
O uso exagerado de conectivos em uma redação pode tornar o texto confuso e carregado, prejudicando a leitura e a compreensão. Apesar de os conectivos serem fundamentais para estabelecer relações entre ideias, seu excesso pode criar uma sensação de prolixidade, como se o autor estivesse forçando uma complexidade que não é natural. Por exemplo, em um trecho onde apenas um “portanto” seria suficiente, inserir “além disso”, “logo” e “todavia” em sequência pode tornar a construção redundante e cansativa.
Para evitar esse erro, o estudante deve priorizar a simplicidade e a objetividade, utilizando conectivos apenas onde realmente sejam necessários. Um texto claro e fluido não precisa de conectivos a cada frase, mas sim de transições pontuais que complementem a lógica argumentativa de forma natural e equilibrada.
Redundância na Conexão de Ideias
A redundância ocorre quando o escritor repete desnecessariamente a relação já expressa, seja com conectivos similares ou com ideias que reforçam o mesmo ponto sem necessidade. Por exemplo, dizer “Além disso, ademais, ainda por cima” no início de um parágrafo é uma prática que compromete a originalidade e demonstra pouca habilidade na escolha das palavras.
Para corrigir esse problema, é importante que o estudante tenha consciência da função de cada conectivo no texto e evite repetir conceitos de forma automática. Fazer uma leitura crítica do rascunho e eliminar duplicações é uma etapa essencial para entregar uma redação mais direta e impactante.
Sobrecarga de Informações
Quando conectivos são utilizados em excesso, podem gerar uma sobrecarga de informações, deixando o texto difícil de acompanhar. Isso ocorre porque os conectivos não só ligam ideias, mas também adicionam um peso argumentativo ao texto. Em casos onde múltiplos conectivos são inseridos sem necessidade, a mensagem principal acaba ficando obscurecida.
Uma boa prática para evitar essa sobrecarga é avaliar se cada conectivo está contribuindo para o propósito do texto. Caso contrário, substituí-los por pontuação, como ponto final ou vírgula, pode ser uma solução eficiente para garantir mais clareza e organização no desenvolvimento das ideias.
Omissão de Conectivos Essenciais
Falta de Ligação entre Parágrafos
Outro erro comum é a ausência de conectivos adequados para fazer a transição entre parágrafos, o que resulta em uma estrutura fragmentada e desconexa. Quando os parágrafos não se relacionam de maneira clara, o leitor pode se sentir perdido e ter dificuldade para acompanhar a lógica do texto.
Para superar esse desafio, é essencial usar conectivos ou expressões que estabeleçam uma continuidade, como “dessa forma”, “nesse sentido”, “por outro lado” ou “além disso”. Esses elementos ajudam a construir um texto mais coeso e linear, mantendo o encadeamento das ideias de forma clara e progressiva.
Transições Abruptas
Transições abruptas entre partes do texto podem prejudicar a coerência global da redação. Quando um parágrafo não está bem conectado ao seguinte, o leitor pode sentir que o autor perdeu o fio condutor do raciocínio. Por exemplo, passar de uma ideia introdutória diretamente para uma conclusão, sem explicitar como se chegou a essa última, quebra a fluidez e enfraquece a argumentação.
Para evitar esse tipo de problema, é importante planejar o texto de maneira que cada parágrafo esteja logicamente relacionado ao anterior e ao seguinte. Usar conectivos de progressão ou contraste, como “além disso”, “por outro lado” ou “assim sendo”, ajuda a criar uma transição suave e lógica.
Prejuízo à Coesão Textual
O uso inadequado ou excessivo de conectivos pode comprometer diretamente a coesão textual, tornando a redação desorganizada e de difícil interpretação. A coesão depende do equilíbrio entre a utilização de conectivos e a escolha de palavras que naturalmente conectem as ideias, sem forçar ou repetir relações.
Para garantir a coesão, o estudante deve adotar uma abordagem equilibrada, utilizando conectivos com parcimônia e clareza. Além disso, revisar o texto para eliminar excessos, substituições inadequadas ou conectivos desnecessários contribui para a construção de uma redação mais fluida e bem estruturada, fundamental para uma boa nota no ENEM.
Posicionamento Incorreto
Conectivos no Início de Frases sem Necessidade
Um dos erros mais frequentes entre estudantes é o uso de conectivos no início de frases ou parágrafos de forma desnecessária. Quando isso ocorre, o texto pode parecer forçado ou artificial, comprometendo a fluidez e a progressão lógica das ideias. Por exemplo, começar uma frase com “por outro lado” quando não há contraste ou contraposição confunde o leitor, criando uma expectativa que não é cumprida.
Para evitar esse problema, é importante que o estudante analise a real necessidade de usar um conectivo no início da frase. Muitas vezes, o conteúdo pode ser introduzido de forma direta, sem o uso de conectivos, o que torna o texto mais objetivo e natural, sem perder a coesão.
Colocação que Altera o Sentido Pretendido
A má colocação de conectivos pode alterar o sentido da frase, comprometendo a clareza da argumentação. Por exemplo, utilizar “portanto” antes de uma ideia que não apresenta uma conclusão lógica gera interpretações equivocadas e prejudica a avaliação do corretor. Esse tipo de erro reflete falta de planejamento e de compreensão do uso correto dos conectivos.
Para evitar mudanças no sentido pretendido, o estudante deve revisar cuidadosamente seu texto, verificando se o conectivo utilizado realmente corresponde à relação que deseja estabelecer. Essa prática garante um discurso mais coerente e bem estruturado, essencial para alcançar uma nota alta na competência de coesão.
Interferência na Estrutura Sintática
O uso inadequado de conectivos pode interferir na estrutura sintática da frase, criando construções gramaticalmente incorretas ou confusas. Por exemplo, utilizar “além de que” de forma indevida pode resultar em um período truncado ou desconexo. Esses erros afetam diretamente a progressão das ideias e comprometem a legibilidade do texto.
Para evitar interferências na estrutura sintática, é fundamental que o estudante conheça as regras gramaticais que regem o uso dos conectivos. Além disso, fazer uma leitura atenta em busca de falhas na construção das frases pode ajudar a corrigir esses problemas antes da entrega da redação.
Incompatibilidade com o Registro Formal
Uso de Conectivos Coloquiais
Outro erro recorrente é o uso de conectivos coloquiais ou informais, que não se adequam à linguagem formal exigida pela redação do ENEM. Expressões como “daí”, “aí” ou “então” são frequentemente usadas em contextos orais, mas não são apropriadas em um texto dissertativo-argumentativo. Esse tipo de escolha demonstra falta de domínio da norma culta, o que pode reduzir significativamente a nota.
Para evitar esse deslize, o estudante deve optar por conectivos formais e adequados ao contexto acadêmico, como “portanto”, “contudo”, “consequentemente” e “todavia”. Essas escolhas reforçam a seriedade do texto e atendem às exigências da banca avaliadora.
Expressões Inadequadas ao Contexto do ENEM
Usar expressões que não condizem com o contexto formal da redação é um erro que compromete tanto a coesão quanto a argumentação. Conectivos ou expressões como “tipo assim” ou “por conta disso” são exemplos que fogem do padrão esperado para um texto dissertativo. Essas escolhas demonstram falta de preparação e cuidado com a linguagem.
Para evitar esse problema, o estudante deve ampliar seu repertório de conectivos formais, priorizando aqueles que melhor atendem às exigências da banca do ENEM. Isso não apenas melhora a qualidade do texto, mas também demonstra um maior domínio da modalidade escrita.
Comprometimento da Norma Culta
O uso inadequado de conectivos pode comprometer a norma culta da língua, essencial para a redação do ENEM. Erros como usar “mais” no lugar de “mas” ou conectar ideias com “pra” em vez de “para” refletem descuido com a linguagem formal e podem penalizar o estudante em diferentes competências avaliadas pela banca.
Para garantir o cumprimento da norma culta, é indispensável revisar a redação e ter atenção à escolha e à escrita correta dos conectivos. Além disso, treinar regularmente com simulados ou exercícios ajuda a identificar e corrigir erros recorrentes, assegurando uma escrita formal e adequada ao contexto do ENEM.
Falha na Progressão Textual
Conectivos que Não Contribuem para o Avanço das Ideias
Um erro frequente na redação do ENEM é o uso de conectivos que não agregam valor à progressão argumentativa. Conectivos como “e” ou “também” podem ser úteis em alguns contextos, mas quando utilizados de forma isolada ou repetitiva, não contribuem para o encadeamento lógico das ideias. Esse tipo de construção faz com que o texto pareça estático, sem aprofundar as relações entre os argumentos apresentados.
Para corrigir esse problema, o estudante deve priorizar conectivos que estabeleçam relações claras entre as ideias, como “além disso”, “por outro lado” ou “consequentemente”. Esses conectivos, quando bem utilizados, ajudam a construir uma argumentação coerente e evolutiva, fortalecendo o impacto do texto e demonstrando maior domínio da escrita formal.
Circularidade Argumentativa
A circularidade argumentativa ocorre quando o texto não avança no raciocínio, repetindo a mesma ideia em diferentes palavras e utilizando conectivos de forma redundante. Por exemplo, insistir no uso de “ou seja” para reexplicar conceitos já apresentados pode indicar falta de conteúdo relevante ou planejamento inadequado da redação.
Para evitar esse erro, é importante que o estudante planeje a estrutura do texto antes de começar a escrever. Cada conectivo deve ser utilizado para introduzir novas perspectivas ou desenvolver os argumentos, garantindo que o texto progrida de maneira lógica e bem articulada.
Estagnação do Raciocínio
O uso inadequado de conectivos pode levar à estagnação do raciocínio, fazendo com que o texto pareça “travado” e sem direcionamento claro. Isso geralmente acontece quando o autor utiliza conectivos simples, como “e” ou “então”, sem explorar conexões mais ricas que poderiam expandir ou aprofundar a discussão. Como resultado, o texto perde força argumentativa e não atende plenamente às expectativas da banca do ENEM.
Para evitar a estagnação, o estudante deve variar o uso de conectivos e buscar aqueles que enriquecem as relações lógicas, como “dessa forma”, “em vista disso” ou “com efeito”. Essa estratégia garante que o texto avance de maneira fluida e demonstre capacidade crítica e argumentativa.
Inconsistência no Uso
Mistura de Conectivos de Diferentes Categorias
A mistura de conectivos pertencentes a categorias diferentes, como aditivos, adversativos e conclusivos, pode causar confusão na estrutura textual. Por exemplo, começar uma frase com “além disso” (aditivo) e logo em seguida usar “porém” (adversativo) sem uma relação clara entre as ideias resulta em um texto desorganizado e incoerente.
Para evitar essa confusão, o estudante deve compreender as categorias de conectivos e seu uso apropriado. Agrupar conectivos de forma consistente ao longo do texto contribui para a coesão e ajuda o leitor a acompanhar o raciocínio de maneira mais clara e lógica.
Falta de Padrão ao Longo do Texto
A ausência de um padrão no uso dos conectivos ao longo do texto demonstra falta de planejamento e de domínio da escrita. Por exemplo, usar “além disso” em um momento e, mais adiante, recorrer a “então” de forma desconexa pode prejudicar a coesão e a progressão argumentativa. Isso reflete inconstância no estilo e no objetivo do autor.
Para corrigir esse problema, é importante que o estudante mantenha uma linha argumentativa consistente e utilize conectivos que estejam alinhados ao tom e à estrutura da redação. Planejar cada parágrafo antes de escrevê-lo ajuda a garantir que o texto tenha uma unidade clara e bem definida.
Confusão na Estrutura Argumentativa
A escolha inadequada ou aleatória de conectivos pode gerar confusão na estrutura argumentativa, dificultando a compreensão do texto. Conectivos como “portanto” ou “todavia” devem ser utilizados com cuidado para evitar contradições ou conclusões fora de contexto. Quando usados incorretamente, eles podem criar uma impressão de desorganização e falta de lógica no desenvolvimento da ideia.
Para evitar confusões, o estudante deve se certificar de que cada conectivo reforça a progressão lógica do texto e facilita o entendimento. Revisar a redação com foco na coesão e eliminar conectivos que não contribuam para a clareza é essencial para alcançar um texto bem estruturado e impactante.
Uso Forçado de Conectivos Complexos
Tentativa de Impressionar com Vocabulário Rebuscado
Um erro comum entre os estudantes é a tentativa de impressionar a banca avaliadora com conectivos excessivamente formais ou pouco usuais, o que pode acabar prejudicando a clareza do texto. Conectivos como “em consonância com” ou “por conseguinte” podem ser úteis em contextos específicos, mas seu uso frequente ou inadequado pode transmitir artificialidade e dificuldade de compreensão. Essa prática pode dar a impressão de que o autor está mais preocupado em exibir vocabulário do que em apresentar argumentos consistentes.
Para evitar esse erro, o ideal é que o estudante priorize conectivos simples e funcionais, como “portanto”, “assim” e “além disso”, que cumprem bem seu papel sem comprometer a fluidez. O objetivo deve ser comunicar as ideias de forma clara e objetiva, mantendo um tom formal, mas acessível.
Conectivos Mal Empregados
O uso inadequado de conectivos pode gerar contradições ou rupturas na lógica argumentativa, prejudicando a coesão textual. Por exemplo, empregar “contudo” em um momento que exige uma conclusão ou “assim” em um contexto de oposição cria confusão e pode comprometer a avaliação da competência de coesão e coerência.
Para evitar esses deslizes, é importante compreender o significado e a função de cada conectivo. Realizar exercícios e análises de textos bem avaliados ajuda a identificar o uso correto das expressões e a aplicá-las de forma estratégica, garantindo que o texto mantenha consistência lógica e fluidez.
Perda de Naturalidade no Texto
A tentativa de “forçar” o uso de conectivos em cada frase pode resultar na perda de naturalidade, tornando o texto robótico e artificial. Isso geralmente acontece quando o estudante insere conectivos sem necessidade, como em frases que já têm relação clara entre as ideias. O excesso de conectivos torna o texto menos fluido e mais cansativo para o leitor.
Para manter a naturalidade, o estudante deve utilizar conectivos apenas quando essenciais para estabelecer relações lógicas. Além disso, é importante alternar entre conectivos explícitos e estratégias implícitas, como o uso de pronomes ou repetição de ideias-chave, para criar transições mais suaves.
Negligência na Pontuação
Ausência de Vírgulas Necessárias
A falta de vírgulas em frases que contêm conectivos pode comprometer tanto a leitura quanto a compreensão do texto. Por exemplo, em “Portanto devemos considerar outras alternativas”, a ausência de vírgula após “portanto” dificulta a separação entre as ideias, prejudicando a fluidez e a pontuação na competência de domínio da norma padrão.
Para evitar esse problema, o estudante deve revisar o texto atentamente, garantindo que todos os conectivos que demandam pausa estejam adequadamente pontuados. Além disso, práticas de leitura em voz alta podem ajudar a identificar pontos onde as vírgulas são necessárias para facilitar a compreensão.
Pontuação Excessiva
Por outro lado, o uso exagerado de vírgulas, especialmente com conectivos, pode gerar rupturas desnecessárias no texto, dificultando o fluxo natural das ideias. Por exemplo, em “Por outro lado, entretanto, devemos considerar, também, que…”, o excesso de pontuação deixa o texto fragmentado e confuso, prejudicando a leitura.
Para corrigir esse erro, é importante revisar o texto com o objetivo de eliminar vírgulas desnecessárias e garantir que a pontuação seja utilizada apenas onde for indispensável. Um texto coeso depende do equilíbrio entre as pausas marcadas pela pontuação e a continuidade das ideias.
Alteração do Sentido por Má Pontuação
Outro problema grave é a alteração do sentido da frase devido ao uso inadequado de pontuação, principalmente ao trabalhar com conectivos. Por exemplo, na frase “Assim, como o autor defende, devemos mudar de perspectiva”, o uso indevido de vírgulas pode levar o leitor a interpretar “assim como” como uma comparação, quando o objetivo era introduzir uma conclusão.
Para evitar confusões, o estudante deve revisar a relação entre conectivos e pontuação, garantindo que a mensagem seja clara e precisa. Uma leitura cuidadosa do texto ajuda a identificar possíveis ambiguidades e a corrigir erros que possam comprometer a argumentação.
As pessoas também perguntam
Como identificar se estou usando conectivos em excesso na redação?
O uso excessivo de conectivos pode ser identificado quando o texto apresenta uma quantidade desproporcional de ligações explícitas, deixando a leitura pesada e redundante. Se você percebe que conectivos estão sendo inseridos em quase todas as frases, sem necessidade lógica, é um sinal de que pode haver excesso. Por exemplo, conectar ideias que já possuem relação clara sem o uso de conectivos pode ser uma alternativa mais eficiente.
Uma boa prática é revisar sua redação e perguntar: “Este conectivo realmente contribui para a coesão e a progressão do texto?” Caso a resposta seja negativa, considere removê-lo ou substituir por uma construção mais direta. O equilíbrio entre conectivos e outros recursos coesivos, como pronomes e referências, é essencial para um texto fluido.
Quais são os conectivos mais comumente mal utilizados pelos candidatos?
Entre os conectivos mais mal utilizados pelos estudantes estão “portanto”, “entretanto”, “além disso” e “assim sendo”. Muitas vezes, esses termos são usados fora de contexto, criando contradições ou rupturas lógicas. Por exemplo, usar “portanto” antes de uma ideia que não é uma conclusão ou “entretanto” em um momento que não apresenta oposição pode confundir o leitor.
Para evitar esses erros, é fundamental compreender o significado e o propósito de cada conectivo. Praticar com exercícios que envolvam a substituição de conectivos em textos dissertativos pode ajudar a identificar os casos em que seu uso é inadequado.
É possível perder pontos na redação do ENEM por uso incorreto de conectivos?
Sim, o uso incorreto de conectivos pode impactar negativamente sua nota em diferentes competências avaliadas no ENEM. Na Competência 4, que avalia a coesão textual, conectivos mal empregados podem prejudicar a progressão lógica das ideias. Além disso, na Competência 1, que analisa o domínio da norma culta, erros de colocação ou uso inadequado também podem resultar em descontos na pontuação.
Por isso, é importante garantir que cada conectivo esteja alinhado ao propósito do texto e que seja utilizado de maneira gramaticalmente correta. Revisar a redação com atenção aos conectivos é uma etapa essencial para evitar perdas de pontos.
Como evitar a repetição de conectivos sem comprometer a coesão do texto?
Para evitar a repetição de conectivos, é essencial ampliar seu repertório vocabular e explorar alternativas que mantenham a coesão do texto. Por exemplo, em vez de repetir “além disso”, você pode utilizar “também”, “outrossim” ou “de maneira similar” para diversificar a construção.
Outra estratégia é utilizar recursos coesivos implícitos, como pronomes, substituições lexicais ou mesmo pontuação. Essas alternativas ajudam a criar transições suaves e variadas, tornando o texto mais interessante e menos previsível para o corretor.
Existem conectivos que são considerados “clichês” pelos corretores do ENEM?
Sim, conectivos como “além disso”, “então” e “portanto” são amplamente utilizados e, quando repetidos em várias redações, podem parecer clichês ou pouco originais aos olhos dos corretores. Isso não significa que não possam ser usados, mas é importante combiná-los com alternativas menos frequentes, como “com efeito”, “dessa forma” ou “nesse sentido”, para variar o repertório.
O segredo está em dosar o uso de conectivos comuns e evitar repetições excessivas. A escolha de termos que se adequem ao contexto e que demonstrem domínio linguístico pode fazer com que sua redação se destaque.
Qual o impacto do uso incorreto de conectivos na nota final da redação?
O impacto do uso incorreto de conectivos pode ser significativo, pois afeta tanto a coesão quanto a coerência textual, duas competências essenciais na redação do ENEM. Quando conectivos são mal empregados, o texto pode parecer desorganizado ou apresentar rupturas na lógica argumentativa, dificultando a compreensão.
Além disso, o uso inadequado pode levar à perda de pontos na Competência 1, que avalia o domínio da norma culta. Para evitar esse impacto, é fundamental revisar a redação e praticar a aplicação correta de conectivos, garantindo que eles cumpram sua função de forma precisa e eficiente.
Como praticar o uso correto de conectivos para a redação do ENEM?
Uma das formas mais eficazes de praticar é realizar exercícios de reescrita, substituindo conectivos em textos prontos para entender como cada um funciona em diferentes contextos. Além disso, ler redações nota 1.000 pode ajudar a identificar boas práticas no uso de conectivos e ampliar seu repertório.
Outra estratégia é treinar a redação com temas variados, concentrando-se na progressão lógica das ideias. Após a escrita, revise os conectivos utilizados, avaliando se há repetições ou se todos estão alinhados ao propósito do texto. Essa prática contínua contribui para o desenvolvimento de uma escrita mais natural e coesa.
É melhor usar poucos conectivos com segurança ou arriscar com uma variedade maior?
É preferível utilizar poucos conectivos com segurança, garantindo que cada um esteja correto e bem aplicado, do que arriscar com uma grande variedade e cometer erros. Um texto coeso e claro não depende da quantidade de conectivos, mas sim da qualidade e precisão no uso deles.
No entanto, explorar uma variedade controlada de conectivos durante o treinamento pode ser útil para aumentar seu domínio linguístico. O ideal é encontrar um equilíbrio, utilizando conectivos de forma estratégica e alinhados à lógica do texto, sem comprometer a fluidez e a clareza.