Concordância nominal é um dos pilares da gramática normativa e garante harmonia entre as palavras dentro da frase. Quando um adjetivo, pronome, artigo ou numeral se relaciona a um substantivo, é necessário ajustar gênero e número para manter clareza e correção.
Dominar esse conceito ajuda o estudante a evitar erros comuns, especialmente em redações, concursos e vestibulares.
A concordância nominal permite que a comunicação escrita seja objetiva, fluida e tecnicamente precisa. Saber aplicá-la corretamente demonstra domínio da língua e atenção aos detalhes estruturais da sentença.
Ao entender como funciona essa relação entre termos, o aluno desenvolve mais segurança para revisar textos, identificar incoerências e escrever com mais naturalidade. Aprender concordância nominal é fundamental para quem busca excelência na escrita.
O que é concordância nominal?
A concordância nominal é a regra gramatical que determina a forma correta de ajustar palavras relacionadas ao substantivo.
Ela estabelece que artigos, adjetivos, pronomes e numerais devem concordar com o substantivo em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
Essa harmonia entre os termos garante coesão dentro da frase. Quando há falhas nessa concordância, o texto se torna gramaticalmente incorreto e pode causar estranhamento ou ambiguidade na interpretação.
Por isso, compreender e aplicar as regras com precisão é essencial para qualquer produção escrita. A concordância nominal não se limita a frases simples.
Ela aparece em construções mais elaboradas, exigindo atenção especial em casos de enumeração, adjetivos antepostos ou pospostos, além de expressões com sujeito composto. Cada detalhe exige análise cuidadosa.
Ao identificar a função de cada palavra e sua ligação com o substantivo, o estudante consegue fazer os ajustes necessários com clareza.
Essa competência linguística é valorizada tanto na linguagem formal quanto em avaliações que cobram domínio da norma padrão da língua portuguesa.
Como identificar a concordância nominal na frase?
Identificar a concordância nominal em uma frase exige atenção à relação entre o substantivo e os termos que o acompanham.
A primeira etapa é localizar o núcleo do grupo nominal, ou seja, o substantivo principal. Em seguida, é preciso observar os elementos que se referem diretamente a ele.
Esses elementos podem ser adjetivos, artigos definidos ou indefinidos, pronomes adjetivos ou numerais. Todos eles devem apresentar a mesma flexão de gênero e número do substantivo a que se referem. Quando isso acontece, a frase está gramaticalmente correta.
Por exemplo, na frase “as belas flores amarelas”, todos os termos concordam com “flores”, que está no feminino e no plural. Se a frase fosse “os belas flores”, haveria erro de concordância, pois “belas” e “flores” estão no feminino, enquanto “os” está no masculino.
A análise deve ser feita com base na função sintática dos termos e considerar a ordem e o sentido da frase. Com prática, o reconhecimento da concordância nominal se torna automático e fortalece a construção de textos coesos, claros e dentro da norma culta.
Regras de concordância nominal
A concordância nominal segue regras específicas que organizam a forma como os termos da frase devem se alinhar ao substantivo. Uma das principais normas é que os adjetivos, pronomes, artigos e numerais precisam concordar com o substantivo em gênero e número.
Quando há um substantivo singular, os termos associados também devem aparecer no singular.
Se o substantivo for plural, os acompanhamentos devem seguir esse número. Da mesma forma, se o substantivo for feminino, os demais termos devem assumir essa flexão, e o mesmo vale para o masculino.
Outra regra importante se refere aos casos em que há mais de um substantivo relacionado a um único adjetivo.
Nesses contextos, a posição do adjetivo e o gênero dos substantivos influenciam diretamente a concordância correta. Isso exige atenção a detalhes sintáticos e semânticos.
Há também regras específicas para expressões fixas, como “é proibido” ou “é necessário”, que mudam de forma quando precedidas por substantivos definidos.
Conhecer essas variações torna a escrita mais precisa e evita deslizes gramaticais que comprometem a qualidade do texto.
1. Concordância entre substantivo e um adjetivo
Quando um único adjetivo se refere a mais de um substantivo, a concordância nominal pode variar de acordo com a posição e o gênero dos termos.
Se o adjetivo vier depois dos substantivos e eles forem do mesmo gênero, o adjetivo vai para o plural e mantém o gênero correspondente.
Por exemplo: “o aluno e o professor dedicados”. Como ambos são masculinos, o adjetivo vai para o plural masculino.
Mas se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo vai para o plural masculino por regra geral da língua portuguesa: “o aluno e a professora dedicados”.
Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, ele costuma concordar com o mais próximo, o que é chamado de concordância atrativa.
Nesse caso, o gênero e número do adjetivo seguem o primeiro substantivo, mesmo que a frase continue com outro substantivo de gênero diferente.
A escolha da forma correta depende do efeito desejado, da clareza e da formalidade exigida no texto. Esse tipo de concordância exige atenção, pois um erro pode comprometer a coerência da frase e causar má interpretação da ideia principal.
2. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo
Quando um substantivo se relaciona a dois ou mais adjetivos, a concordância nominal pode variar de acordo com a posição dos termos na frase. A regra principal depende de onde o substantivo aparece em relação aos adjetivos.
Se o substantivo vier antes dos adjetivos, ele pode concordar com todos no plural ou manter o singular, repetido com cada adjetivo.
Exemplo: “um sistema econômico e político” (singular para os dois adjetivos) ou “um sistema econômico e um sistema político” (repetição para reforço).
Por outro lado, se o substantivo vier depois, o mais comum é empregar o plural: “econômico e político sistema” seria inadequado, enquanto “sistema econômico e político” segue o uso padrão.
Nos casos em que os adjetivos se referem a ideias distintas, é recomendável repetir o substantivo, especialmente em textos formais. Isso evita ambiguidade e dá mais clareza à frase.
Saber lidar com esse tipo de concordância exige atenção à lógica da construção e ao grau de formalidade desejado. Ajustar corretamente essas relações reforça a precisão e a fluidez do texto na norma padrão.
3. Concordância entre números ordinais
A concordância nominal entre substantivos e números ordinais segue uma lógica simples, ou seja, o numeral deve concordar em gênero com o substantivo que o acompanha. Isso significa ajustar a terminação do ordinal para masculino ou feminino, conforme o caso.
Por exemplo: “o primeiro capítulo” e “a primeira página”. O número ordinal “primeiro/primeira” precisa flexionar de acordo com o substantivo “capítulo” (masculino) ou “página” (feminino). O mesmo se aplica para “segundo”, “terceiro”, “décimo” e demais ordinais.
Quando o numeral ordinal for seguido por mais de um substantivo, é necessário observar o gênero e o número dos termos envolvidos. Se os substantivos forem do mesmo gênero, a concordância se mantém plural como em “as primeiras aulas e provas”.
Se forem de gêneros diferentes, a regra geral é utilizar o masculino plural como em “os primeiros exercícios e avaliações”. A aplicação correta dessa concordância garante que o texto mantenha coerência gramatical e precisão.
Em provas e produções formais, essa atenção ao detalhe faz diferença na avaliação, já que revela domínio sobre as relações entre elementos da frase e o uso da norma culta da língua.
4. Concordância entre expressões
Algumas expressões da língua portuguesa exigem atenção especial quando o assunto é concordância nominal. Isso porque seu uso varia conforme a construção da frase, a presença de determinantes e a intenção comunicativa do texto.
Expressões como “é proibido”, “é necessário” e “é bom” apresentam flexibilidade. Quando usadas sem artigo definido, permanecem invariáveis como em “é proibido fumar aqui”. Porém, se vierem acompanhadas por substantivos definidos, há flexão como em “é proibida a entrada de veículos”.
Outras construções, como “menos ainda”, “tanto quanto” ou “o quanto possível”, não exigem variação de gênero ou número, mas precisam estar integradas corretamente ao sentido da frase.
Já locuções como “junto com” ou “em relação a” exigem que o adjetivo concorde com o termo ao qual se refere, não com a expressão inteira.
Identificar o termo principal dentro dessas estruturas é fundamental para fazer a concordância corretamente.
O domínio dessas expressões fortalece a escrita e evita erros que comprometem a clareza. Ao observar o contexto, o estudante aprende a aplicar as regras com segurança mesmo em construções mais sutis da norma padrão.
Frases com concordância nominal
A melhor forma de fixar a concordância nominal com a análise das frases aplicadas.
Observar como os termos se ajustam ao substantivo torna a regra mais concreta e facilita o reconhecimento de erros comuns na escrita. Em cada exemplo, é possível perceber a função de gênero e número na estrutura gramatical.
Veja em “As alunas dedicadas e inteligentes participaram do evento.” Aqui, os adjetivos “dedicadas” e “inteligentes” concordam em gênero feminino e número plural com “alunas”. A estrutura está correta porque todos os termos seguem a mesma referência.
Outro exemplo como “É proibido fumar.” Nesse caso, a ausência de artigo torna a forma verbal invariável. Mas se disser “É proibida a entrada”, o substantivo “entrada”, feminino, exige que a expressão se flexione para “proibida”.
A prática constante com frases reais permite que o estudante desenvolva segurança na hora de revisar seus próprios textos. Com o tempo, identificar se a concordância está adequada se torna um reflexo natural, mesmo em construções mais complexas.
Diferenças entre concordância nominal e concordância verbal
Embora parecidas no nome, a concordância nominal e a concordância verbal seguem regras diferentes.
A nominal diz respeito à relação entre substantivos e os termos que os acompanham como adjetivos, artigos, pronomes e numerais. Já a verbal trata da relação entre o sujeito e o verbo da oração.
Na concordância nominal, o foco está na harmonia de gênero e número. Por exemplo, em “As meninas alegres chegaram cedo.” Aqui, “as” e “alegres” estão no feminino plural, acompanhando “meninas”.
Já na concordância verbal, o verbo precisa seguir o sujeito em número e pessoa como em “As meninas chegaram” (verbo no plural).
Um erro comum é confundir as duas formas, principalmente em frases longas ou com sujeito composto. Por isso, é importante identificar se a palavra que exige flexão é um verbo ou um termo ligado ao substantivo.
Diferenciar essas concordâncias é fundamental para escrever com clareza e respeitar a norma padrão. A análise cuidadosa da função de cada palavra dentro da frase permite aplicar as regras com precisão e evitar incoerências gramaticais.
Exercícios resolvidos sobre concordância nominal
Trabalhar com exercícios resolvidos é uma das formas mais eficazes de fixar o conteúdo e aplicar as regras da concordância nominal com confiança. Ao ver a explicação por trás da resposta certa, o estudante entende a lógica gramatical e corrige dúvidas na prática.
- Exemplo 1:
Frase: “É permitida a entrada?”
Explicação: A palavra “permitida” concorda com “entrada”, que está no feminino singular. Como há artigo definido antes do substantivo, ocorre flexão do adjetivo. - Exemplo 2:
Frase: “Estavam cansados e desanimados os jogadores.”
Explicação: Os dois adjetivos devem estar no plural masculino para acompanhar “jogadores”. - Exemplo 3:
Frase: “Menos preocupadas do que antes, as mães respiraram aliviadas.”
Explicação: Os adjetivos “preocupadas” e “aliviadas” concordam com “mães”, que está no feminino plural.
Esses exemplos mostram como aplicar as regras em situações reais. Resolver esse tipo de atividade fortalece o raciocínio gramatical e ajuda na preparação para provas, redações e concursos.
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Conclusão
Dominar a concordância nominal é essencial para quem busca escrever com clareza, precisão e segurança.
Essa parte da gramática garante que os elementos da frase estejam em harmonia, além de respeitar o gênero e o número do substantivo com seus complementos.
Ao entender como funcionam as regras e praticar com exemplos reais, o estudante desenvolve autonomia para revisar seus textos e evitar erros que comprometem a norma padrão.
Seja em uma redação, questão de prova ou produção acadêmica, a atenção à concordância nominal faz toda a diferença.
Escrever bem é resultado de treino, técnica e conhecimento das estruturas da língua. A concordância nominal é um dos pilares dessa construção e uma ferramenta poderosa para quem deseja se comunicar com excelência.